"A vida na Rússia é incrível, o país é lindo e tenho sempre muitas coisas para fazer"
Rodrigão, central que brilhou no Gil Vicente, chegou a Sochi e também deu nas vistas, atingindo dimensão de campeão russo no Zenit. Agora com 29 anos, fala da aventura encetada há quatro anos e deixa elogios a Rúben Fernandes e Fujimoto, que seguem em Barcelos
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A cumprir a quarta época na Rússia, a terceira no Zenit, após porta de entrada pelo Sochi, clube que acertou a sua contratação junto do Gil Vicente, o antigo central dos galos, Rodrigão, reflete sobre a mudança feita, mesmo enfrentando os complexos quadros da geopolítica internacional que isolou a Rússia. Duas épocas no Gil Vicente mudaram a carreira do jogador, já duas vezes campeão russo.
"Foi uma mudança muito boa, fui muito bem recebido pelo país e pelos russos. Com isso o bom trabalho acaba sendo natural para tudo se materializar do melhor jeito", explica Rodrigão, nada incomodado com a vida que leva em San Petersburgo. "A vida na Rússia é incrível, o país é muito lindo, e tenho muitas coisas para fazer sempre. Só posso falar bem como uma experiência enriquecedora", avalia, destacando o sucesso no Zenit.
"Encontro-me muito satisfeito, o clube oferece muitas mais-valias ao nível da sua estrutura. Todos trabalham no máximo e sentimos bem o conforto. Qualquer um que chegue ao clube, recebe logo boas notícias e acaba querendo prolongar a sua permanência", regista o central, de 29 anos, resumindo a sua chegada ao gigante russo. "Tivemos um ano incrível no Sochi. Fomos vice-campeões russos e com isso surgiu o interesse do Zenit. Sabia do seu tamanho e dimensão e não hesitei na mudança", observa.
"Fujimoto não falava nada mas no campo fazia-nos entender o que queria"
Não esquecendo o impulso de Barcelos na sua carreira, autêntica catapulta para uma independência financeira na Rússia, Rodrigão desfia essa intimidade. "Tenho bons amigos em Barcelos, o Gil Vicente foi um clube que me recebeu muito bem e tenho muita gratidão e carinho por todos", sustenta, não passando ao lado da referência que é Ruben Fernandes, que foi seu parceiro na linha defensiva e segue incontestável no onze, apesar da veterania.
"É alguém que dispensa comentários, um jogador muito inteligente, um ótimo companheiro de equipa e um amigo que fiz no futebol. Ainda um capitão íntegro e muito sério no trabalho", elogia Rodrigão, alargando os encómios ao craque japonês que chegou em Barcelos em altura similar.
"O Fujimoto foi um tipo que chegou no mesmo período que eu e tinha muitos problemas com comunicação com os outros atletas. Ele não falava inglês nem português, mas com todo seu talento dentro de campo, fazia-nos entender tudo que ele queria que acontecesse. Isso era o que mais importava e os resultados viam-se no campo", recorda.