"A satisfação de poder competir nas duas principais provas mundiais em termos de clubes..."
Declarações de Artur Jorge, treinador do Botafogo, na conferência de imprensa que se seguiu à goleada por 5-1 ao Juventude, no domingo, para a 3.ª jornada do Brasileirão
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Pouco tempo para trabalhar e muito a melhorar: "Muito pouco ainda. Precisamos de muito mais. Não vou perder o equilíbrio com uma vitória expressiva. Os meus jogadores tiveram uma atitude muito boa. Fizeram com que fosse possível, com que o resultado tivesse essa diferença. Temos muito trabalho pela frente. Continuamos com a questão que temos pouco tempo para trabalhar entre os jogos. Vamos usar todas as ferramentas para conseguir fazer chegar a ideia aos atletas. O que queremos em termos de atitude, comportamento e ambição. Hoje tivemos um pouco de tudo isso e teve também eficácia para fazer os cinco golos. Temos ainda um trabalho longo e desgastante. Queremos fazer melhor, porque seguramente essa é nossa meta."
Conhecimento do plantel: "Conheço muitíssimo bem. Ainda antes de viajar para o Brasil, tive o cuidado de me preparar para esse desafio, e era exatamente conhecer o que estaria à minha disposição. Naturalmente, naquilo que são as relações diárias, aprofundamos. Sobre qualidades individuais e coletivas, já tinha uma ideia muito clara. Acrescentei depois a qualidade humana, virtudes em termos da vida social também."
Equilíbrio do plantel: "A verdade é que temos algumas posições mais bem preenchidas do que outras, é um facto. Mas temos, e precisamos de ter, um equilíbrio para que possamos fazer alterações sem perder qualidade. Foi isso que nós falamos também, (…) de que forma nós poderíamos encontrar um equilíbrio para termos um plantel capaz de ter consistência em termos de exibição e de buscar o resultado. Para isso, precisamos ter exatamente isso: jogadores com muita qualidade, que possam jogar hoje, não jogar na próxima quarta-feira. Isso sim é a parte importante: não perdermos capacidade enquanto equipa. Temos que ter, acima de tudo, jogadores com qualidade e disponibilidade. Felizmente, acredito que temos aqui, assim como todo seu potencial."
Estreia na Libertadores a jogar em casa: "Mais do que diferença (para a Liga dos Campeões), é a satisfação de poder competir nas duas principais provas mundiais em termos de clubes, e fazer isso no mesmo ano. Para mim, enquanto técnico, é tremendo. Uma gratidão pela oportunidade. A verdade é que com o jogo a começar e os adversários fazem com que tudo isso se dilua. A vontade é de competir, ser competitivo, ganhar. A minha vontade para o próximo jogo na Libertadores aqui é exatamente essa. Não digo que esteja ansioso por isso, porque aquilo que foi ansiedade foi no primeiro jogo aqui. Estar diante da nossa torcida [adeptos]. Temos um jogo difícil na quarta-feira, é verdade, decisão para nós também. Vamos procurar, como sempre, poder jogar para ganhar."