Fernando Santos aborda Rafael Leão e o calendário: "Acho que nunca aconteceu..."
Declarações de Fernando Santos esta quarta-feira, na antevisão ao jogo da Liga das Nações com a Espanha, em Sevilha, com início às 19h45 de quinta-feira.
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Espanha: "O atributo mais forte da Espanha não é a posse de bola, é a capacidade de recuperar a bola. Estas equipas têm muita escola de Barcelona, aquilo que têm presente é a capacidade de recuperar bola. Se não a recuperarem, não a vão ter. Sempre foi uma arma muito forte do Barcelona, até do Manchester City. São dois momentos importantes do jogo, quando tivermos posse de bola e quando tivermos de a recuperar. Mas também temos de nos lembrar que o futebol é o jogo do golo, não é o jogo da posse de bola. A Espanha tem uma posse de bola objetiva, empurrando a equipa para trás, mas também explora a profundidade. Foi isso que mostrei aos jogadores, ainda ontem mostrei-lhes a organização defensiva deles, aquilo que temos de fazer na nossa organização defensiva. Quando chegarmos a Espanha, vou reforçar isso e vou explicar como temos de trabalhar para não perder a bola. Se dermos a bola, aí fica impossível."
Calendário: "Acho claramente exagerado. Até vocês, nos vossos comentários e no que escrevem, falam sobre isto. Acho que nunca aconteceu. Quatro jogos em 10 dias, nem durante uma época, nunca vi, nem em campeonatos. Vamos jogar depois de uma época altamente desgastante. Se está estabelecido que são precisas 72 horas para recuperar... A partir de certa altura da época já não chegam. Olhamos e percebemos que há dificuldades ali. Temos de ter muito cuidado para termos os jogadores bem. Isso vai obrigar a alguma rotação, o padrão vai ser igual, as características também. Se fazes um treino com mais de 60 minutos, começas a sentir que os jogadores estão a abanar um bocadinho. Penso que também irá acontecer com os meus colegas. Repetir o mesmo onze em quatro jogos, nem pensar."
Jota chegou tarde, boa desculpa para lançar Rafael Leão? "Boa desculpa? As decisões tomam-se por boas desculpas? Aqui não há lugares cativos. O selecionador coloca os melhores em campo. Vamos ter quatro jogos, vamos fazer rotação, há alguns que até ficam já de fora dos 26. O Vitinha já está fora, faltam dois. Mas não é por desgastes que nós escolhemos os jogadores."
Estratégia a seguir: "O que queremos é dar continuidade ao que fizemos nos últimos jogos. Isso quer dizer que não vai haver tantas mudanças neste primeiro jogo, talvez uma ou duas mudanças para os jogos que jogámos com a Turquia e a Macedónia. O que vou procurar é que a equipa mantenha sempre este padrão, não tanto a questão dos jogadores. Trata-se muito mais de consolidar nesta Liga das Nações aquilo que está a ser o nosso padrão."
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