À procura de um feito inédito: "Somos tricampeões europeus, mas queremos mais"
Seleção de futebol de praia "ambiciosa" em busca do inédito "tetra" Europeu
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A seleção portuguesa de futebol de praia tem na "ambição" do seu grupo de trabalho o maior motor para tentar um inédito tetracampeonato Europeu, de quinta-feira a domingo na Sardenha, em Itália.
"Somos tricampeões europeus, mas queremos mais, pois os meus jogadores são ambiciosos e querem ganhar sempre. Tenho uma equipa ganhadora. Queremos ser tetracampeões, algo que nunca ninguém conseguiu", assumiu, à Lusa, o selecionador Mário Narciso.
O facto de a formação das "quinas" ser a mais bem-sucedida na história dos Europeus, com oito títulos - Espanha e Rússia seguem-se, com cinco -, incluindo os três últimos, não é vantagem alguma nem insufla o ego da formação nacional.
"Aumentar a confiança, não quero que aumente, de maneira nenhuma. Temos de ter confiança quanto baste. Não devemos ser demasiado confiantes, pois isso prejudica. [O palmarés] Não vai influenciar em nada", garante o técnico.
Portugal e Espanha já garantiram um lugar entre os quatro mais fortes da competição, sendo que a Suíça deve acompanhar os lusos e os transalpinos a seleção espanhola, numas meias-finais com jogos cruzados (o vencedor de um grupo defronta o segundo do outro) que vão juntar "quatro potências do futebol de praia europeu".
"Vamos para a guerra", prometeu Mário Narciso, que, se a lógica imperar, deve defrontar os anfitriões italianos no jogo de acesso à final.
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Portugal tem ainda um desafio, na quinta-feira, frente à Polónia, porém o treinador português vai usá-lo para poupar os seus "pupilos", que, recorda, têm sido sujeitos a "grande desgaste".
"Não vai servir de grande teste, mas para fazer descansar alguns atletas que têm jogado mais, com mais areia nas pernas. O que nos vai interessar são as meias-finais de sábado", vincou, recordando que André Lourenço está castigado para o desafio com o conjunto do Leste europeu.
Mário Narciso vai cumprir uma década à frente da seleção, no entanto entende que o invejável êxito internacional da mesma só é possível graças à qualidade da "matéria-prima" com a qual tem trabalhado durante estes anos.
"Em quase todas as modalidades, é bom haver continuidade de uma equipa técnica para que os atletas tenham tempo para absorver as ideias dos treinadores. Contudo, se tivéssemos boas ideias, mas sem gente para interpretar o que queremos, as coisas não eram conseguidas. Temos tido a felicidade de termos jogadores muito bons e que têm interpretado o que queremos", concluiu.
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