Drenthe recorda passagem pelo Real Madrid. O neerlandês de 37 anos representou os merengues entre 2007 e 2012
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Em entrevista ao jornal espanhol Marca, Royston Drenthe recordou a sua passagem pelo emblema merengue. "O Real Madrid vai estar sempre no meu coração. Foi um clube que me fez muito bem. Espanha é como a minha segunda casa", começou por dizer.
"A noite de Madrid confundiu-me, não estava preparado para aquilo. Houve uma noite em que bati contra um carro da polícia. Foi uma situação difícil porque não dizia uma única palavra de castelhano", confessa o neerlandês.
Durante a carreira passou por vários clubes. Em 2007, ajudou os Países Baixos a conquistarem o título de campeão europeu de sub-21 e o seu desempenho, tanto pela seleção como pelo Feyenoord, levou-o a assinar pelo Real Madrid. Em três épocas conquistou um Campeonato e uma Supertaça e fez 64 jogos, mas não se conseguiu afirmar e acabou por ser emprestado duas vezes, primeiro ao Hércules e depois ao Everton, antes de sair definitivamente para o Spartak Vladikavkaz, da Rússia, em 2013. Em 2016, abandonou a carreira futebolística para investir na música e na sua banda Roya2Faces. Mas, em 2020, de acordo com o Daily Mail, perdeu mais de 3,5 milhões de euros e viu-lhe ser declarada bancarrota. Em 2018, regressou ao futebol neerlandês. Acabou a carreira futebolística em 2023, no Kozakken Boys, que na altura militavam na 2.ª divisão do país.
Hoje em dia trabalha na área da saúde, onde auxilia pacientes diagnosticados com demência. "Vejo um lado totalmente diferente do mundo. Isso ajuda-me a tornar-me uma pessoa melhor nesta sociedade. Era isso que eu procurava na minha carreira e consegui encontrar isso", explicou, rejeitando a ideia de regressar ao futebol: "Estou feliz fora do futebol e não tenho saudades daquilo que deixei. É claro que continuo ligado ao fenómeno, como comentador televisivo, mas descarto qualquer possibilidade de ser treinador. Não é para mim."