A final da Liga Europa servirá de palco para promover o futebol feminino. Todos os jogadores de Chelsea e Arsenal vão entrar em campo acompanhados por raparigas
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A final da Liga Europa, que se disputa na quarta-feira entre Arsenal e Chelsea, tem estado envolta em alguma polémica, por questões políticas e não só.
O internacional da Arménia Henrikh Mkhitaryan, dos gunners, não vai participar por considerar que não tem condições segurança para viajar até Baku, capitão do Azerbaijão. O local escolhido, lá bem no limite da fronteira com a Ásia, ou o facto de as equipas só terem direito a 12 mil bilhetes (em conjunto) num estádio com capacidade para quase 70 mil pessoas, são outros pontos que têm levantado muito discussão.
Mas no meio de tudo isto, ainda é possível encontrar algo genuinamente positivo. As mascotes que vão entrar em campo com os jogadores de Chelsea e Arsenal serão todas raparigas, numa iniciativa inédita. Não que os jovens rapazes também não mereçam, mas como forma de promover e incentivar a prática do futebol no mundo feminino.
A associação de futebol do Azerbaijão tem desenvolvido diversos programas e atividades em 35 escolas do país e este acontecimento altamente mediático é visto como uma oportunidade de ouro para ajudar a quebrar barreiras e preconceitos que ainda teimam em existir.
"Para muitas das raparigas que estão envolvidas nestes programas, jogar futebol ajuda-as a quebrar barreiras e a fomentar a inclusão e igualdade. Ter estas jovens no papel de mascotes na final da Liga Europa vai-lhes dar visibilidade no palco internacional", explicou Elkhan Mammadov, secretário-geral do organismo que tutela o futebol no Azerbaijão e membro da Fundação da UEFA para as Crianças.
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