Youcef Atal partilhou uma publicação em que um pregador palestiano desejou um "dia negro para os judeus", num sábado que ficou marcado pelo ataque do Hamas ao território israelita. Entretanto, o jogador do Nice pediu desculpa, mas nem por isso escapou a uma reação condenatória da Federação Francesa de Futebol.
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Youcef Atal, lateral direito argelino que alinha pelo Nice, está a protagonizar uma grande polémica, depois de ter partilhado nas redes sociais um vídeo em que um pregador palestiniano deseja que "Deus envie um dia negro para os judeus", no mesmo dia em que Israel foi alvo de uma ofensiva do Hamas.
De acordo com o jornal regional francês "Nice Matin", a mensagem, entretanto apagada das redes sociais, foi partilhada horas antes do ataque do grupo terrorista, sendo que o jogador, posteriormente, publicou ainda uma imagem em que surge com a camisola da Argélia e um cachecol com as cores da Palestina.
Depois de Christian Estrosi, presidente da Câmara de Nice, ter reagido de imediato com muito desagrado ao caso, Atal recorreu este domingo às redes sociais para pedir desculpa pela partilha que realizou, garantindo que "condena firmemente todas as formas de violência em qualquer parte do mundo".
"Tenho consciência de que a minha publicação chocou muitas pessoas, o que não foi a minha intenção, por isso peço desculpa. Tenho de clarificar o meu ponto de vista, sem rodeios: condeno firmemente todas as formas de violência em qualquer parte do mundo. Nunca apoiarei mensagens de ódio. A paz é um ideal em que acredito firmemente", escreveu.
Apesar disso, o jogador não escapou à abertura de uma investigação por parte do Conselho de Ética da Federação Francesa de Futebol (FFF), com o presidente do organismo, Philippe Diallo, a repudir o que considera ter sido um "discurso de ódio" do defesa.
"Os apelos à violência veiculados pelo jogador do Nice, Youcef Atal, são contrários à ética do nosso desporto e aos valores que o futebol defende incansavelmente. A FFF condena-os da forma mais veemente possível. Os discursos de ódio são inaceitáveis", declarou, em comunicado.