"A minha escolha pela leitura foi para que ninguém me chamasse de burro..."
Jogadores brasileiros com hábito de leitura participaram em programa da ESPN.
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Wallace, central brasileiro que representou Corinthians e Flamengo, e Ronaldo, antigo defesa brasileiro, ambos com hábitos de leitura durante a carreira de futebolista, algo não muito comum, participaram num programa da ESPN, onde explicaram como "começaram a ler".
"Sempre achei as concentrações uma coisa muito maçante, o atleta normalmente tem muito tempo ocioso, sem fazer nada. Fica ali a ver televisão, vendo alguma coisa... Eu tinha assim uma maneira de "ganhar" esse tempo que eu tinha ocioso: lendo. Isso traz conhecimento. Acabas por amadurecer noutras coisas, acabas até por ser o capitão da equipa, não que o peças, mas acabas por ser escolhido. Aí tens de saber lidar com as pessoas, conversar, comunicar. As pessoas estranhavam, porque não é muito comum. Ficam no computador, no telemóvel, eu lia bastante para ocupar o tempo vazio", explicou Ronaldo.
Por seu lado, Wallace revelou que o hábito surgiu para que ninguém o chamasse "de burro": "A minha escolha pela leitura foi para que ninguém me chamasse de burro. Geralmente os jogadores são vistos sempre como burros. Leio de tudo. Já li Pascal, Nietzsche, Dostóievski, Tolstói, Manifesto Comunista... Tudo o que houver para ler, eu leio", afirmou.
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