Domingos Duarte, central do Getafe, aponta para os riscos assumidos pelo último reduto do Barcelona como um ponto para o Benfica explorar
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O Benfica recebe, na terça-feira, no Estádio da Luz, o Barcelona para o penúltimo encontro da fase de liga da Liga dos Campeões, em plena luta por um lugar que garanta a passagem para a fase a eliminar da competição. As águias ocupam o 15.º lugar da tabela, com dez pontos, já o emblema espanhol, com 15 pontos, segue no segundo posto, apenas superado pelo Liverpool.
O internacional português explica a O JOGO o método utilizado pelo Getafe para travar os blaugrana em casa, e aconselha as águias a terem cuidado com Raphinha e Yamal e a não pressionarem muito alto.
A equipa orientada por Hansi Flick entrou no novo ano com quatro vitórias em quatro jogos, incluindo a conquista da Supertaça espanhola com uma vitória por 5-2 frente ao Real Madrid, no entanto, no passado sábado, o Getafe conseguiu travar a máquina culé, ao garantir um empate por 1-1 em casa.
O central Domingos Duarte foi um dos principais destaques do Getafe, tendo contribuído com uma sólida prestação defensiva que ajudou a suster os ataques do conjunto da Catalunha. A O JOGO, o internacional português realça a importância de o Benfica aproveitar o espaço nas costas da defesa para ferir o gigante espanhol, que, como o defesa explica, corre grandes riscos na transição defensiva: “Quando o Barcelona perde a bola, a linha defensiva sobe muito rapidamente. Nesses momentos, com um passe para as costas da defesa, com alguma precisão, é possível colocar jogadores no um para um com o guarda-redes, que está, por vezes, muito saído da baliza. O Barcelona sabe adiantar a linha defensiva, o Benfica tem de explorar essa parte, a linha defensiva é muito suicida, cometem riscos grandes a subir a linha.”
O defesa luso destaca Ángel Di María como uma das armas mais importantes para ferir o Barcelona: “Se estiver bem, é sempre um jogador a ter em conta, é um jogador diferenciado.” O atleta do Getafe aponta, ainda, os extremos Akturkoglu e Schjelderup como possíveis perigos para a linha defensiva dos blaugrana. Domingos Duarte acredita também que o Benfica tem as armas necessárias para vencer o conjunto catalão, à semelhança do que já fez frente ao Atlético de Madrid nesta edição da liga milionária: “Se o Benfica conseguiu vencer o Atlético de Madrid esta época, que liderava a La Liga na jornada passada, também consegue vencer o Barcelona.”
“A fórmula é tentar que eles joguem o menos por dentro possível quando a bola chega a Raphinha e a Lamine Yamal”
Se, no plano ofensivo, o segredo está no ataque à profundidade, no aspeto defensivo o caminho passa por reduzir os espaços para as estrelas Lamine Yamal e Raphinha brilharem. “A fórmula é tentar que eles joguem o menos por dentro possível quando a bola chega a Raphinha e Yamal, tentámos ter sempre uma ajuda de um companheiro, esse tipo de jogadores pode decidir um jogo”, conta, reforçando: “Procurámos ter sempre alguém preparado para ajudar os nossos laterais e centrais nesses duelos. Optámos por ter um bloco um bocado mais baixo, deixámos que saíssem na primeira zona de saída de bola, não pressionámos tão em cima. Na análise que fizemos, percebemos que eles funcionavam muito melhor quando as equipas os pressionavam mais em cima.”
Domingos Duarte confessa, ainda, a admiração que nutre pelo médio Pedri, principal organizador de jogo da equipa catalã, mas alerta também para a qualidade do trio ofensivo do Barcelona. “Pedri parece-me o motor da equipa, está sempre bem orientado e preparado para receber a bola, e conduz muito bem as transições ofensivas, mas os três jogadores da frente [Raphinha, Lewandowski e Lamine Yamal] são de nível mundial”, avisa o central.