Após fazer toda a carreira em França, Mathias Pereira Lage decidiu este verão rumar à Alemanha, onde espera fixar-se como extremo
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Aos 28 anos, depois de uma carreira inteira em França, Mathias Pereira Lage decidiu mudar de ares e experimentar outro campeonato pela primeira vez na carreira. O destino foi a Bundesliga e o St. Pauli, um emblema reconhecido historicamente por questões desportivas, mas acima de tudo sociais.
O que o levou a decidir sair pela primeira vez do futebol francês e assinar pelo St. Pauli? Como surgiu esta hipótese?
—É um novo desafio, e senti que precisava disso na minha vida e na minha carreira. O projeto surgiu, confiei no clube, falei com o treinador e com o diretor-desportivo e, como também não tinha muitos mais convites, aceitei. Eu já queria sair de França, jogar no estrangeiro, num outro campeonato do top-5 europeu e, para mim, a Alemanha é o campeonato mais atrativo para um jogador como eu, pois há muito espaço, é bom para os atacantes e para marcar golos!
No Brest jogou em várias posições: lateral-direito e esquerdo, extremo também nos dois flancos, até a avançado…
—Essa foi uma das razões que me levou a querer sair. Ao longo de toda a minha carreira sempre foi assim, joguei sempre em várias posições; agora quero fixar-me só numa. Aqui, para já, jogamos com três na defesa, dois médios, dois alas e três atacantes. A minha posição de preferência é como extremo-esquerdo.
As questões sociais que caracterizam o clube tiveram algum impacto na sua decisão?
—Informei-me sobre o clube antes de vir, mas não foi por isso que estou aqui. Não me foco muito nas coisas políticas, foco-me mais no campo. Mas sei que é um clube importante nesse sentido, sei que tenho de estar bem não só no campo, mas também fora dele. Vai correr tudo bem nesse aspeto, eu sou muito bem educado (risos), muito calmo.
E quais são as ambições do St. Pauli?
—Para já, é ficar na Bundesliga. Como no Brest, pois no meu primeiro ano conseguimos a permanência no fim e depois acabámos em terceiro! O objetivo é a permanência; se o conseguirmos rápido, vamos ver o que pode acontecer.
É o primeiro português na história do clube. Sabia disso?
—Não sabia. Já fico na história (risos)! Aqui na cidade há muitos portugueses, muitos restaurantes. Mas quando falo eles percebem que nasci na França (risos)!