"Treinei bêbado no Real Madrid. Bebia café para tirar o bafo e tomava banho de perfume"

"Treinei bêbado no Real Madrid. Bebia café para tirar o bafo e tomava banho de perfume"
Redação

Cicinho, antigo lateral brasileiro, recorda os problemas com o álcool.

Cicinho foi um internacional brasileiro que passou por clubes como Real Madrid e Roma, mas não esconde que teve o vício do álcool. O antigo lateral não bebe há quase dez anos, mas recorda os tempos conturbados quando alinhava ao lado de Ronaldo, Zidane, Beckham, Figo e Roberto Carlos nos chamados "galáticos".

"Se você me perguntar se eu treinei bêbado no Real: sim. E bebia café para tirar o bafo, [tomava] banho de perfume. Falando na minha profissão, como ex-atleta profissional de futebol, era fácil, não precisava de dinheiro para conseguir [o álcool]. As pessoas tinham prazer em dar-me no restaurante, tudo", afirmou no último episódio da série "Ressaca", exibida pela EPTV.

"Aos 13 anos, quando eu experimentei álcool pela primeira vez, nunca mais parei. Morava no interior, em Pradópolis, perto de Ribeirão Preto, e nos fins de semana a gente reunia os amigos e costumávamos sair para as discotecas. Tinha um barzinho perto e, por ser menor, tentava esconder, pedia a quem era maior de idade para comprar e ficava a beber escondido dos pais, da polícia", lembrou.

Na Roma também passou por momentos complicados, sobretudo quando sofreu uma segunda lesão grave num joelho. "Começava a beber depois do treino. Eu fazia o trabalho de fisioterapia, voltava para casa pelas 14h00, 14h30 e só parava de beber às 4h00 [da manhã]. Quando eu chegava embriagado, os dirigentes viam e isso fazia com que eu caísse em descrédito", lamenta.

Hoje com 41 anos, Cicinho revela um grande arrependimento. "O álcool coloca-te cercado de pessoas que gostam daquele estilo de vida, e as pessoas que te amam verdadeiramente são excluídas, pois, quando te colocam contra a parede, a dizer que algo está mal na tua vida, tu não queres ouvir", rematou.