Nesta notícia não se fala de penáltis nem de lances que custaram pontos, mas de um árbitro espanhol que aproveitava os intervalos para ir ao bolso dos jogadores. Já devolveu tudo o que furtou, foi ontem condenado a 2.160 euros de multa e pode continuar a apitar.
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A ideia já passou pela mente de muitos adeptos, num lance de penálti ou fora de jogo, mas, neste caso, trata-se mesmo de sucessivos furtos e não estão em causa pontos nem títulos, mas um total de 1.795 euros subtraídos a jogadores, em pleno balneário, na Liga de Veteranos da Galiza. O árbitro foi apanhado em flagrante, por duas vezes, de acordo com "La Voz de Galicia", que esta quarta-feira deu a conhecer a insólita história - que o é ainda mais porque o protagonista, além de árbitro, pertencia à Guardia Civil.
Conta o diário galego que, entre maio e novembro de 2015, quando José Alberto A. M. apitava na Liga de Veteranos, havia sempre registo de furtos a jogadores. Uma carteira aqui, uns euros acolá, os episódios sucederam-se, até ser apanhado em flagrante. As autoridades investigaram o caso reconstruíram os passos desta insólita transgressão da figura que representa a autoridade em campo - e, no caso, também fora dele. Aproveitava o intervalo para agir. "Quem ia suspeitar que o árbitro iria ao balneário para outra coisa senão satisfazer uma necessidade fisiológica?", interroga-se "La Voz de Galicia". Da primeira vez, fê-lo para furtar 30 euros; depois, 260 e, no golpe mais lucrativo, chegou aos 580 euros.
A investigação levou-o a devolver a totalidade dos valores furtados, mas não o livrou de uma condenação por delito de furto continuado. O processo ficou ontem encerrado e a alternativa a nove meses de prisão foi a aplicação de 18 meses de multa à razão de quatro euros por dia, o que dá 2.160 euros.
Para lá do plano judicial, José Alberto A. M. pode continuar a apitar e, quando à carreira na Guardia Civil, dependerá de uma eventual acção disciplinar por parte da instituição.