Videoconferência com as federações. Tiago Craveiro presente.
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Já decorre esta quarta-feira a reunião em videoconferência que a UEFA marcou com as 55 federações e que pode trazer alguma luz sobre o final desta época e o princípio da próxima, embora seja difícil haver decisões sem ser claro quando se poderá voltar a jogar em cada país. Tiago Craveiro é o único representante português.
Haverá um ponto da situação com os dois grupos de trabalho criados no passado dia 17, um para estudar a forma de completar a época 2019/20 e outro focado em matérias regulamentares e económicas, como as questões do ajustamento dos contratos dos jogadores que terminam a 30 de junho e das janelas de transferência que, na Europa, no verão, abrem normalmente a 1 de julho e terminam a 31 de agosto, o que neste ano pode ter que mudar.
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O presidente da UEFA já disse que tem três datas para reiniciar as competições - início de maio, início de junho e fim de junho, mas neste momento parece muito difícil que se possa recomeçar o futebol competitivo antes do final de junho, embora haja curvas de pandemia diferentes nos diversos países europeus. Mas Espanha e Itália, dois dos mais importantes, continuam a ter um número de casos e consequentemente uma letalidade muito elevada para poderem pensar em recomeçar qualquer competição desportiva. Na Alemanha, numa reunião realizada ontem, os 36 clubes decidiram que "é imperioso terminar a época até 30 de junho", segundo o seu presidente, com jogos à porta fechada e com condições sanitárias seguras. Christian Seifert disse ainda que havia várias ideias, mas que recomeçar no primeiro ou segundo fim de semana de maio, já que faltam nove jornadas mas ao mesmo tempo manteve a indicação de que os cubes não devem poder treinar até 5 de abril (embora alguns o façam, ainda que em pequenos grupos de cada vez).
Karl-Heinz Rummenigge, homem-forte do Bayern Munique, disse por seu turno que "é muito importante acabar a época". "Se de todo em todo, por razões sanitárias e políticas, não fosse possível acabar agora, podemos ver outras ideias e continuar pelo outono. Se esta paragem se prolongar muito tempo, também o Bayern apesar da saúde financeira, enfrentaria problemas", disse ao Frankfurter Allgemeine Zeitung. Na entrevista também disse que "com grande probabilidade, os números do mercado de transferências terão um grande travão, já que, com as dificuldades de muitos clubes, haverá uma grande oferta de jogadores mas a procura será pouca". Por isso, disse ainda, "pela primeira vez desde a sentença Bosman, os preços vão baixar, haverá maior racionalidade e menos emotividade nos negócios".