Candidatura liderada por Ibraim Cassamá e Tita aponta alguns casos no processo eleitoral.
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Ibraim Cassamá e Tita, líderes da candidatura derrotada ao Sindicato dos Jogadores, ponderam impugnar as eleições, vencidas pela lista da atual direção, de Joaquim Evangelista, por considerarem estar "perante algumas ilegalidades ocorridas desde a convocatória da assembleia geral (AG) ordinária, assim como para a AG de aprovação das contas referentes ao ano de 2020, até ao próprio acto eleitoral".
Em comunicado enviado às redações, consideram ainda ter havido pouco adesão ao ato eleitoral, referindo que cerca de cinco mil possíveis votantes não participaram. "Já que referem 98% de votos para lista A, referimos ainda que ficaram de fora mais de 5 mil jogadores, pelo que o caderno eleitoral existente reflete apenas 11% dos jogadores inscritos como sócios no sindicato e, curiosamente, metade são ex-jogadores e alguns conhecidos da atual direção", lê-se na nota enviado à imprensa.
No que consideram "breves comentários" ao ato eleitoral, referem ainda que, ao acompanhar o processo na sede do sindicato, perceberam que "praticamente todos os votos por correspondência foram enviados em grupo, ou seja, em praticamente todos os clubes os jogadores juntaram-se e apenas um se dirigiu aos Correios para enviar as cartas; a única curiosidade é o facto de todos os clubes da margem sul de Lisboa o terem feito nos CTT do Pinhal Novo ou, por exemplo, o Covilhã ter ido ao Porto".
"Outra curiosidade tem igualmente a ver com o facto de ser sempre a mesma letra nos envelopes onde é colocado o remetente e o destinatário e uma letra diferente nos envelopes onde são colocados os nomes de quem envia o voto", escrevem no comunicado.
Ibrahim Cassamá e Tita dizem ainda "intrigados" pelo "facto dos votos por correspondência não terem hora de entrada no sindicato (o que é obrigatório de acordo com os estatutos do próprio".