Sadinos conquistaram a última vaga para a segunda fase, mas não querem ficar por aqui. Zequinha, 35 anos, reforça que a subida é o objetivo e, com mais um ano de contrato, garante não pensar na reforma.
Corpo do artigo
Autor do golo que carimbou o passaporte sadino, frente ao Alverca, para a etapa que decidirá quem sobe à Liga SABSEG, Zequinha recordou um momento indescritível e garante que o Vitória de Setúbal tem tudo para lutar pelo regresso aos campeonatos profissionais.
"Para mim, aquele foi o jogo da época. Foi um golo que nos apurou para uma fase onde podemos subir de divisão. Esta tem sido uma época muito difícil devido à cirurgia que fiz. Foi uma grande emoção, nem sei descrever o que senti no momento. Foi uma grande alegria poder ajudar os adeptos, os funcionários e todo o grupo. Daqui para a frente espero que tudo corra bem", afirmou o experiente avançado, que permaneceu no Bonfim após a queda abrupta da I Liga para o Campeonato de Portugal, na época passada.
"Independentemente da divisão é um golo que vai ficar na memória, pode dar-nos uma subida. Temos uma Direção nova que está a ser espetacular, um treinador novo, e se não ficássemos nos quatro primeiros iria tudo por água abaixo", acrescentou.
Na época passada o emblema setubalense ficou perto da subida à Liga SABSEG, mas não conseguiu alcançar o derradeiro objetivo. A meta está novamente ao alcance e Zequinha explicou que significado teria conseguir o objetivo: "Nós, mais velhos, ficámos no clube com o propósito de devolver o Vitória ao mais alto nível do futebol. Queremos subir patamar a patamar até à Liga Bwin. Para já, esta subida seria boa para nós e para a cidade. Seria um dever de missão cumprida por tudo o que passámos."
Aos 35 anos, o avançado nascido em Setúbal assegura que o foco está em continuar a ajudar o Vitória de Setúbal e não pensa em pendurar as chuteiras. "Regressado de lesão, sinto-me confortável para continuar e tenho mais um ano de contrato. Não penso em terminar a carreira porque o meu corpo diz para não o fazer", afirmou o filho da casa.
Sucesso da época 2020/21 era "quase impossível"
Na última temporada, os sadinos dominaram a primeira volta do campeonato mas acabaram por não conseguir a subida, cenário que Zequinha não quer ver repetido. "Foi uma época atípica. O que fizemos foi quase impossível. O ano passado estivemos sem receber sete ou oito meses e só começámos a trabalhar mais tarde porque não tínhamos jogadores. Foi com muita força que conseguimos chegar à fase final e à última jornada ainda com a hipótese de subir. É de guardar e dá-nos força. O nosso plantel hoje é mais equilibrado, mais experiente, e vai ser diferente do ano passado", explicou o camisola 87, que deixou elogios aos adeptos: "Os setubalenses acreditam. São o jogador e o elemento mais forte na estrutura", sublinhou.