Zé Carlos sonha com o jogo no D. Afonso Henriques: "Já me imagino a sentir o inferno branco"
Há dois anos, Zé Carlos jogava nos distritais. Agora, conta os dias para a estreia no D. Afonso Henriques, e até pode ser como<br/> defesa. Moreno lançou o médio em Braga, quando ficou sem lateral-direito. O reforço cedido pelo Varzim é imune à pressão de um ciclo de resultados negativos: aos 20 anos, quer é estar em campo.
Corpo do artigo
Três jogos a perder significam pressão acrescida para o Vitória de Guimarães, mas Moreno sabe ter gente imune à ansiedade e até a torcer por uma oportunidade de ir a jogo, amanhã, com o Santa Clara. É esse o caso do médio Zé Carlos, 20 anos acabados de chegar à liga principal e com muita vontade de viver no relvado o ambiente do D. Afonso Henriques, sem se importar sequer que isso implique jogar adaptado a lateral-direito.
Foi assim em Braga, quando Moreno o chamou para substituir Afonso Freitas e estrear a camisola 28. "Foi um sentimento que não dá para descrever. Já imaginava desde que vim ver o jogo com o Casa Pia, foi incrível, e é um sentimento de orgulho, acima de tudo", contou, no site do clube.
O detalhe de ter de jogar fora da posição habitual, devido a problemas físicos do defesa, não o perturbou. "Quando fui chamado, naquele momento, só queria ir lá para dentro e dar o meu apoio dentro de campo", admitiu. De resto, esta não foi a primeira vez que assumiu o lugar de lateral-direito: "No ano passado, assim numa situação de recurso semelhante a esta, fiz três jogos. Foi preciso agora voltar a fazê-lo e vou com tudo, quando sou chamado."
Esta forma de encarar o jogo ajuda a explicar a presença no plantel de Moreno, num contrato de cedência celebrado com o Varzim, da Liga SABSEG, válido por um ano, a troco de 300 mil euros - o acordo prevê a compra de 50 por cento do passe, em 2023, por 400 mil euros, e de outros 25 por cento, um ano depois, por igual valor. No imediato, as contas de Zé Carlos são outras.
O médio que ainda há duas épocas jogava nos distritais do Porto pelos bês dos poveiros conta os dias para a estreia caseira. "Já me imagino a jogar no D. Afonso Henriques, sentir o inferno branco, desde o encontro com o Casa Pia. Se for o meu momento, e estou muito ansioso que chegue, estarei pronto", garantiu.
"Mesmo em Braga, sentimos bastante o apoio dos adeptos e foi importante. Se tivermos bastantes adeptos, ainda por cima do nosso lado, tornar-se-á tudo mais fácil", antecipou, preparado para as dificuldades que a jornada oferece: "Temos de abordar o jogo da melhor forma, encará-lo com a seriedade habitual. Vimos de três derrotas consecutivas, queremos mudar rapidamente esse ciclo negativo e, com muito respeito pelo Santa Clara, vamos entrar para ganhar."