Comparando com os rivais, o Benfica é o clube que mais jovens vindos dessa prova lançou e mais minutos deu na equipa principal.
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A conferência de antevisão ao jogo com o Marítimo começou com Nélson Veríssimo a dar "os parabéns" à equipa júnior que ganhou a Youth League, estendendo a felicitação "a uma estrutura que suportou o crescimento destes jogadores, desde pessoas que cá estão a pessoas que já saíram". Ao longo dos últimos anos, aliás, o Benfica tem sido o clube português que maior número de jogadores utilizados na Youth League lançou na equipa principal.
Em comparação com FC Porto e Sporting, o Benfica é o emblema que maior aproveitamento teve na equipa A de jovens que passaram pela Champions dos juniores.
Dos 129 atletas que por lá passaram, 26 jogaram pela formação principal, 16 deles conseguindo mesmo alinhar dez ou mais partidas no maior escalão, numa média de 6,1 jogos de utilização total.
Este sábado as águias até podem estrear mais um jovem, Tiago Gouveia - alinhou na prova em 2019/20 -, ontem chamado por Nélson Veríssimo para a visita ao Marítimo. Refira-se que o FC Porto, vencedor da anterior Youth League de 2018/19, utilizou na equipa principal 20 dos 115 jogadores que alinharam nessa prova e o Sporting usou 15 de 83. Como se vê no quadro anexo, dragões e leões são batidos pelas águias nos valores médios, tanto de presenças como de minutos em campo na sua equipa principal.
Questionado sobre se esta época ainda vai estrear na equipa principal algum jovem da formação do Benfica, Nélson Veríssimo manteve a porta aberta com um... "talvez". "Faz parte do meu papel olhar para o que se passa na equipa B, na Youth League, nos sub-23 e temos de ter uma visão transversal, sentindo que em determinados momentos as apostas podem ser feitas. Mas temos de ter alguma cautela, há jogadores que estão mais preparados numa fase do que noutra e temos de respeitar a evolução própria de cada um. Vemos muita qualidade no grupo da UEFA Youth League, certamente que todos vão fazer carreira, mas, possivelmente, só alguns vão jogar aqui ao contexto de equipa A. Todos os outros, fruto do talento que têm, vão fazer carreiras bonitas", afirmou o treinador que começou a época à frente da equipa B. O timing de lançamento é tudo, sendo preciso "perceber qual é o momento mais exato para se dar uma oportunidade" mas também "a questão da continuidade na aposta", num trabalho a fazer "logo desde o início da época".
"Temos de ter esta visão quase transversal do que se passa na formação do clube e sentir que há determinados momentos em que as apostas podem ser feitas. Também temos de ter consciência de que, para quem está de fora, é mais fácil dizer: "por que é que não se aposta no A, B ou C mais cedo?". Temos de ter alguma cautela, porque os planteis têm de ser construídos para isso e há jogadores que estão mais preparados numas fases do que noutras. Temos de respeitar a evolução própria para cada jogador."