Yaremchuk desafia maior seca de golos: Waldschmidt e Darwin fizeram melhor no primeiro ano

A pressão cresce em torno de Yaremchuk, avançado que o Benfica contratou esta temporada por 17 milhões de euros aos belgas do Gent, ele que vê alongar nas últimas partidas um jejum de golos a que não está habituado na sua carreira.

Frente ao Vizela, naquele que foi o seu 14.º jogo com a camisola 15 do Benfica, o internacional ucraniano somou mais 70 minutos de vazio em termos de bolas no fundo das redes adversárias e vai já em 394 minutos sem faturar, tendo superado num minuto o pior registo individual da época passada no Gent, onde ficara em branco uma vez em 393 minutos e, noutra, 391.

Duas sequências na travessia de um deserto de golos que Yaremchuk só viu serem pioradas uma vez na carreira, em 2018/19, quando esteve longe de assinar tentos por 715 minutos.

Este é, assim, o segundo período mais escasso de golos de um reforço que tem tido a confiança de Jorge Jesus desde a sua chegada. Titular em 11 das 14 partidas em que foi a jogo, o ucraniano até já leva quatro golos, todos na Liga (dois ao Vitória de Guimarães e um a Santa Clara e Arouca) e mais duas assistências. Mas o seu último festejo remonta a 25 de setembro passado, quando fez o bis aos vimaranenses.

Contra Barcelona, Portimonense, Trofense, Bayern e Vizela, Yaremchuk apagou-se, não só em golos mas ainda em participação na criação dos mesmos e, até, na qualidade exibicional.

O seu apagamento, aliado às lesões de Seferovic e de Rodrigo Pinho, têm limitado o desempenho ofensivo dos encarnados que tem sentido falta de um avançado decisor nos últimos compromissos.

Olhando para os principais rivais das águias, nesta época também ambos tiveram avançados em jejum mais ou menos prolongado. No Sporting, Paulinho esteve 465 minutos em branco, terminando esse ciclo com o golo ao Besiktas. Já no FC Porto, Toni Martínez esteve "apagado" por 340 minutos.

Pior arranque desde Derley

Mesmo tendo tido participação direta em seis golos do Benfica nesta temporada (quatro golos e duas assistências), a verdade é que este registo de Yaremchuk nos seus primeiros 14 jogos pelos encarnados é o segundo pior entre avançados contratados nas gestões de Jorge Jesus em igual utilização.

Derley, que em 2014/15 trocou o Marítimo pelo Benfica, fez nos seus 14 jogos iniciais pelas águias apenas um golo e quatro assistências, ou seja, contribuiu apenas para cinco golos da equipa.

Na comparação com os outros avançados adquiridos pelas águias nesta segunda passagem de Jesus pela Luz, tanto Waldschmidt como Darwin tiveram maior protagonismo ofensivo nos respetivos arranques do que Yaremchuk, em 14 jogos: o alemão fez seis golos e duas assistências, o uruguaio meia dúzia de ambos.

Já quanto aos atacantes que foram reforçando o Benfica durante as seis épocas iniciais do atual técnico na Luz, os que tiveram maior impacto em igual período de utilização foram Jonas e Saviola. O brasileiro arrancou com participação em 14 golos, o argentino em 13.