Lateral esquerdo do FC Porto é apontado como provável titular na estreia do Brasil na Copa América 2024, diante da Costa Rica, com a tarefa de cobrir a retaguarda de Vinícius Júnior
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Wendell, lateral esquerdo do FC Porto e convocado pelo Brasil para a Copa América de 2024, anteviu esta quinta-feira a estreia do Escrete na competição, na madrugada de terça-feira (2h00), diante da Costa Rica, numa altura em que é apontado como provável titular na seleção canarinha.
Caso essa titularidade se confirme, o lateral de 30 anos, que fez as suas primeiras três partidas pela seleção principal do Brasil este ano, depois de ter sido convocado pela primeira vez em 2016, quando jogava no Bayer Leverkusen, terá o trabalho de cobrir as costas de Vinícius Júnior, cuja importância não deixou de salientar.
"Os jogadores da frente cada vez resolvem mais e o Vinícius é uma prova disso. Ele, Raphinha, Rodrygo, Savinho... Dar a bola para eles resolverem e ficar na retaguarda para defender é o que precisamos", começou por vincar, em declarações à Globo Esporte, prosseguindo: “Queremos tê-los frescos, bem, com a perna firme e fortes para o um contra um. Então, para mim e para o [Guilherme Arana] não vai ser um fardo não avançar para dar essa liberdade aos nossos extremos. Quem ganha com isso é a seleção, com eles bem e fortes”.
Questionado sobre a sua evolução desde que deixou a Alemanha e rumou ao FC Porto, em 2021, Wendell destacou o papel de Sérgio Conceição, antigo treinador dos dragões, por ter introduzido ao seu jogo nuances mais defensivas, tornando-o num jogador mais completo.
“Não tinha tanta inteligência para ler o jogo como tenho hoje, [para] entender como o extremo gosta de jogar. Quando ele vai por dentro e quando o médio vai por fora, eu vou por dentro. Quando ele vai por dentro, eu uso a ala. Isso ajudou-me muito. No Grémio e no Leverkusen, eu usava muito a linha [lateral]. Hoje, faço mais esse jogo interior”, referiu.
Admitindo ter ficado “surpreso” com a sua convocatória para a Copa América, tendo em conta os anos que passaram desde a sua última chamada para um grande torneio [em 2016 foi convocado para uma dupla jornada de qualificação para o Mundial’2018], Wendell reagiu ainda ao facto de ser um nome relativamente “desconhecido” para os adeptos brasileiros.
“É engraçado, mas eu continuo o mesmo. Continuo a fazer o meu trabalho e o importante é ser reconhecido pelos meus treinadores, pelos meus companheiros, pelas pessoas que realmente me conhecem e sabem da minha capacidade. Quero agradecer a Deus por trabalhar em grandes clubes, ter outros interessados, e prefiro encher os olhos do Dorival [Júnior, selecionador do Brasil], do Sérgio Conceição, de quem eu tenho que trabalhar. Quem não me quiser conhecer, pode ficar à vontade. O que me deixa feliz é ser reconhecido pelos meus treinadores. O Sérgio Conceição, por abrir a minha visão para coisas que eu não via, e o Dorival também”, concluiu.
O Brasil está inserido no Grupo D da Copa América de 2024, juntamente com a Costa Rica, Colômbia e Paraguai.