Grego abordou os bons sinais da equipa e o impacto gerado por golos dos rivais perto do fim. Lateral reclama só mais estofo e relativiza presença comunidade helénica no balneário
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Vrousai é o embaixador da família grega, liderando, pela antiguidade no clube, um contingente helénico de respeito que mora nos Arcos, entre jogadores, técnicos e diretores. Não arriscando ainda o português, a aprendizagem paciente desaconselha palavras escutadas a correr no balneário, o lateral-direito integrou uma comitiva dos vila-condenses na Agrosemana, feira agrícola do norte, acolhida no espaço Agros, bem perto do estádio do Rio Ave. O arranque com três empates, o último com o Braga, sob a batuta de Sotiris Silaidopoulos serviu de mote a umas impressões do ex-Olympiacos.
"Ficámos com a ideia de que podíamos ter levado mais, mas, jogo após jogo, houve melhorarias e conseguimos competir com todos. Podíamos ter feito, mas, por vezes, joga-se bem e perde-se. O mais importante foi ver a equipa com um plano, seguido à risca", argumentou, justificando haver “uma mentalidade em construção” que ainda faz a equipa vacilar em momentos capitais, em razão da perda de três vitórias nos últimos minutos. “Temos de aprender a lutar até ao fim, os jogos não terminam aos 80 minutos. Vamos melhorar isso daqui para a frente”, atestou Vrousai, descrevendo o espírito que reina em Vila do Conde, num plantel que acabou de ser mais reforçado em cima do fecho do mercado. “É um bom momento para trabalharmos duro. Havendo dois ou três atletas por posição, aumenta a competitividade e a pressão sobre cada um”, admitiu Vrousai, não retirando qualquer conforto da armada grega que reside nos Arcos.
“A comida é similar, o tempo nem tanto. Sei mais sobre o clube, tento explicar as coisas a todos, mas não apenas aos gregos, porque somos uma família e queremos todos o melhor para o clube”, relatou, detalhando ambições internas, que até podem passar pela Europa. “Se queres fazer mais a cada ano, tens de o mostrar no campo, sabemos que nada é fácil. Não podemos olhar para tão longe. Queremos ser competitivos contra todos, contra os de cima [da tabela] e os outros. Temos de esperar, mas, porque não pensar na Europa? Seja este ano ou no próximo...”, rematou Vrousai, parceiro de ataque, noutros tempos, do benfiquista Pavlidis e de Isak, terceiro jogador mais caro de sempre, então no Willem II, dos Países Baixos.