Tese sobre um acordo para sortear as subidas desmentida pelos dois promovidos à II Liga.
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Vizela e Arouca negaram, a O JOGO, que os oitos clubes em posição de apuramento para o play-off de subida, à data da paragem do Campeonato de Portugal (CdP), tenham decidido aceitar um "sorteio entre todos" para indicar os promovidos à II Liga, caso "não houvesse solução" para a fase de promoção, conforme anteontem deu conta Luís Torres, diretor-geral da SAD do Olhanense, no final da reunião entre os seis emblemas que queriam jogar o play-off (Fafe, Lourosa, Praiense, Benfica e Castelo Branco, Olhanense e Real Massamá) e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Além disso, os dois conjuntos que saltam para II Liga também contrariaram a ideia de que a FPF teria prometido a disputa do play-off. "Desde o primeiro comunicado da FPF que o Arouca sempre disse que, atendendo ao que a Federação tinha escrito, o critério só poderia passar por indicar os dois mais pontuados", afirma Joel Pinho, diretor desportivo arouquense. "O comunicado da FPF foi claríssimo, dizendo que não havia mais jogos. De resto, só posso falar do que me foi dito. Foi-me dito que se a I e II Ligas tivessem condições de jogar, eventualmente o CdP poderia fazer os play-offs. Sempre nos pareceu altamente improvável que se pudesse jogar um play-off dado os constrangimentos de tempo, os custos associados a tal operação na realidade do CdP e, mais importante ainda, que fosse assegurada a questão sanitária", explica Diogo Godinho, líder da SAD do Vizela.
Minhotos e aveirenses afirmaram, também, que a FPF não prometeu a realização do play-off. "Sempre nos pareceu altamente improvável que se pudesse jogar", afirma Diogo Godinho, do Vizela
Voltando à questão do sorteio, Diogo Godinho garante que "nunca o Vizela assistiu a tal discussão", em que tivesse sido abordado esse cenário. "O Vizela jamais aceitaria um sorteio, já que esse sistema em nada promove o mérito desportivo. Aliás, desde que foi anunciado que não haveria mais jogos e que dois clubes iriam subir, que as promoções deviam ser decididas com base no que cada clube alcançou até então. O comunicado de 8 de abril é muito claro, mas não deixa de ser curioso que, desde essa data até ao comunicado oficial, dando conta das subidas de Vizela e Arouca, andaram todos a inventar soluções para que premiassem os seus clubes, ao ponto de até sugerirem que a FPF deveria ir pela história de cada um. A FPF decidiu pela única forma justa, seguindo as diretrizes da UEFA, FIFA e Governo. Haveria sempre perdedores", referiu.
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