Treinador de 67 anos faleceu este sábado.
Corpo do artigo
O futebol português está de luto com a notícia do falecimento de Vítor Oliveira, um treinador histórico do desporto rei em solo luso, que ficou conhecido como "rei das subidas", fruto do trabalho realizado em clubes do segundo escalão, que resultou num total de onze promoções à I Liga.
Mas, antes do brilhante percurso no banco, Oliveira foi jogador: entre 1972 e 1985, representou seis clubes: Leixões, Paredes, Famalicão, Espinho, Braga e Portimonense. E foi ainda enquanto futebolista que começou a mostrar veia de técnico. Na época 1978/79, assumiu, ainda que por pouco tempo, o leme do Famalicão na qualidade de jogador-treinador.
Foi já em 1985/86, pela porta do Portimonense, que surgiu a primeira experiência "a sério" como técnico. Seguiu-se um extenso currículo: Maia, Paços de Ferreira, Gil Vicente, V. Guimarães, Académica, Braga, Leiria, Belenenses, Rio Ave, Moreirense, Leixões, Trofense, Aves, Arouca, União da Madeira, Chaves e Paços de Ferreira foram os clubes que orientou, alguns dos quais em mais do que uma ocasião.
Ao todo, garantiu nada menos do que onze subidas ao principal campeonato do futebol nacional (seis das quais na qualidade de campeão do segundo escalão), um registo sem igual da "velha raposa" dos bancos portugueses, conhecida pelo perfil discreto e em simultâneo, pela frontalidade com que sempre pautou o seu discurso.
No final de 2019/20, depois de assegurar a permanência do Gil Vicente na I Liga, anunciou uma pausa na carreira de treinador. Atualmente, desempenhava as funções de comentador televisivo.
Vítor Oliveira faleceu este sábado aos 67 anos, depois de se sentir mal enquanto dava uma caminhada na zona de Matosinhos.
Eis alguns números da carreira do rei das subidas, com base no portal playmaker stats:
Seis títulos da II Liga;
Quatro vezes eleito Melhor Treinador do Ano da II Liga;
Onze subidas à I Liga;
Mais de 1000 jogos na carreira;
427 jogos na I Liga;
Orientou 18 clubes, dez na I Liga;