Declarações de Susana Mourão, advogada de Vítor Catão, depois de conhecidas as medidas de coação na Operação Pretoriano
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Reação: “O meu cliente está neste momento ainda detido, à espera que façam os relatórios, depois irá para casa e irei falar com ele, discutir o que está no processo. Como sabem, estes dias foram cansativos para todos e só depois de falar com ele de vermos tudo é que vamos saber se foi uma decisão satisfatória ou não”.
Justa a medida tendo em conta a prova? “Penso que podia ter sido outra não privativa da liberdade. Agora vou ter de conversar com o meu cliente e ver o que pretende fazer em relação à medida aplicada."
Vítor Catão não falou: "É uma opção do arguido não prestar declarações. Aqui não existem erros, existem decisões que são do arguido e da defesa e há muitos fatores que envolvem a decisão de falar ou não num primeiro interrogatório. Já estão detidos há muitos dias, há uma pressão muito grande, há situações que podem ser esclarecidas numa fase posterior. Estamos numa fase inicial e muita coisa pode ser requerida e alterada. Se me perguntarem o que vou fazer no processo ou o passo seguinte, ainda não faço ideia. Tenho de falar com o meu cliente”.
Estado de espírito do cliente: “É o de qualquer arguido que está detido há não sei quantos dias.”
Estava à espera desta decisão? “Como é que não podia estar à espera quando já tinha sido promovida? No dia de hoje seria expectável. Se me pergunta se é correta ou se vou recorrer, isso será ponderado e não é no dia em que é conhecida a medida.”
Vai para casa: “Vai para o estabelecimento prisional de Aveiro e depois aguardar pelos relatórios e irá para casa. Não sei qual o tempo que isso vai demorar. Pode ser uma, duas ou três semanas. Vai ter de aguardar o normal nestas condições.”
Para onde vão os outros detidos? “Não faço ideia. São decisões que nos ultrapassam.”
Alegadas ameaças: "Ouvi pela comunicação social que ele andava a ser ameaçado, não é o que ele me diz nem foi o que assisti."