Antevisão do treinador do FC Porto ao jogo em casa do Gil Vicente, agendado para as 20h30 de domingo
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Como foi a semana de trabalho? "Senti os jogadores com muita vontade de dar a volta ao momento. Nem tudo estava bem e nem tudo está mal porque perdemos na Choupana. É verdade que as 24 horas pós-jogo são difíceis, mas a partir daí foi sempre a lançar o jogo com o Gil Vicente. Senti os jogadores muito metidos no trabalho. Aliás, só conheço uma forma de gerar sucesso, que é trabalhar. Os jogadores atiraram-se ao trabalho de forma séria e leal, percebendo que têm de dar passos em frente na construção de algo que queremos que desague no que todos desejamos."
Que influência teve a presença de Villas-Boas no Olival? "A presença do presidente é sempre bem-vinda. Gostamos muito dele e que venha cá. É alguém muito experimentado, com muitas vivências e que passa muito do que foi vivendo em diferentes funções. Consegue ter um capital de experiência acumulado que pode passar aos jogadores. É uma voz que respeitamos muito. Aquilo que passou aos jogadores ficará entre eles, eu não estive presente. O que ficou, ficou. Queremos todos inverter aquilo que aconteceu na Choupana. É importante não perder muito tempo a pensar na Choupana, mas sim pensar como o Gil Vicente pode apresentar-se. Na Choupana perdemos, essencialmente, por aquilo que não fizemos na primeira parte."
O que tem faltado para dar resposta clara em momentos mais decisivos? "Podemos fazer uma retrospetiva desde o início da época. Tivemos momentos muito bons, outros nem tanto... As equipas vão flutuando. O que tem acontecido no FC Porto não é caso virgem. Tem acontecido noutras equipas, até na Europa. Já falei da maturidade, da juventude do plantel... Pode ser quase uma forma de catapultar uma equipa jovem, com muita energia, para patamares elevados de rendimento. É preciso olhar para cada caso, cada jogo, o que aconteceu, como se ganhou, como se perdeu... Não jogamos sozinhos e queremos sempre ganhar, num clube de exigência máxima, como é o FC Porto, é natural. Queríamos estar em primeiro nesta fase e tivemos condições para isso, mas dependemos apenas de nós para lá chegar. Que ninguém se esqueça disso. Não hipotecámos aquilo que é o nosso resultado final em termos de campeonato. Estamos a um ponto do primeiro lugar, começámos a jornada como melhor defesa e segundo melhor ataque. Não podemos olhar de forma fatalista para tudo o que tem acontecido. Há coisas bem feitas, mas precisamos de maior consistência e atacar o jogo logo numa fase inicial, percebendo que o primeiro, segundo ou 15.º minuto são decisivos para o resultado final."