Declarações de Vítor Bruno em conferência de imprensa de antevisão ao Santa Clara-FC Porto, jogo marcado para sexta-feira (17h00) e relativo à segunda jornada da I Liga
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Francisco Conceição está a ser negociado? "Se está a ser negociado ou não, sinceramente, não sei. Eu aqui faço um bocadinho mea culpa, porque na última conferência, no final do jogo, disse que em dois, três dias ele podia estar apto a integrar os trabalhos. Era a nossa previsão. Ele teve de fazer uma manobra um bocadinho mais invasiva para perceber se conseguimos debelar o problema que ele tem, que já é micro, é pequeno, mas que o incomoda de certa maneira. E isto não é tanga, não é tabu, não estou aqui a enganar ninguém, é exatamente assim. Esperamos que ele, amanhã, já possa integrar o trabalho com os não convocados e, eventualmente, depois, no sábado, treinar connosco, com a equipa, e depois integrar a semana naturalmente. Se vai, se está ou não a ser negociado, isso não sei dizer."
Nesta época começa com Danny Namaso. O que oferece à equipa? "O cunho vê-se de muitas maneiras diferentes, depende do rendimento da equipa. Hoje dizem que se pode significar algum cunho, no dia em que não correr bem, já o Danny não devia jogar, devia jogar outro. Isto faz parte daquilo que é o nosso dia-a-dia. O Danny tem feito para merecer, eu não lhe dei nada, foi ele que conquistou. Ele tem sido muito sério no trabalho. Eu não gosto, muito sinceramente, de castrar jogadores, de tirar-lhes aquilo que tem que ser a sua mais alta expressão de criatividade. O Danny também tem esse lado criativo. Muitas vezes, olhamos para o lado mais genial dos avançados, do drible, do golo, da assistência, e eu olho para outras coisas que não apenas isso. E dou muito valor a elas, eles sabem. E muitas vezes os homens da frente têm que ser os primeiros a estar altamente comprometidos com o momento em que a equipa não tem a bola. O Danny tem um feito isso na perfeição. É um bocadinho esta realidade mais moderna do futebol, é transversal a várias equipas. Vemos ontem o segundo golo do Real Madrid, e se percebermos o que está nas raízes do golo, percebemos qual é a ação do Rodrigo, que é o Rodrigo internacional brasileiro. Hoje em dia pede-se muito esse tipo de trabalho, tarefa, de compromisso com a equipa. Eles sabem, e eu digo-lhes logo no primeiro dia da semana, faço questão de salientar, que o onze do último fim de semana, mesmo em caso de sucesso, não tem que ser obrigatoriamente o mesmo no fim de semana que vem a seguir. Há aqui três ou quatro variáveis que interferem com aquilo que são as minhas decisões no final do jogo passado, a dimensão estratégica para o jogo seguinte, o rendimento diário deles, tudo isto casado, faz depois entrar em evolução o onze que vai a jogo no fim de semana seguinte. Pode ser o Danny, pode ser o outro, o Danny tem feito um trabalho que eu considero de grande capacidade, de grande compromisso, e quando isto está casado, o lado talento com compromisso, com capacidade de trabalho, eles comportam-se bem."