Declarações de Vítor Bruno, treinador do FC Porto, após o triunfo por 3-0 sobre o Moreirense, em jogo da 15.ª jornada da I Liga
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Diogo Costa falou com o árbitro depois do FC Porto chegar mais tarde para a segunda parte: “O que explicou ao arbitro não sei. Não tive acesso a esse momento, não faço a mínima ideia.”
Rodrigo Mora: “Não podemos ignorar o que é um salto para um nível de exigência muito maior. A maior satisfação que um treinador pode ter é quando sente um jogador a crescer, a evoluir, a começar a munir-se de competências que tem de ter a um nível de exigência muito mais alto, em que o tempo de decisão é muito mais apertado, quando resolvemos um problema a tendência a este nível é aparecer logo outro para resolver e isto leva algum tempo. Nas últimas etapas formativas levam, num clube grande, a que eles criem hábitos em grande parte no momento com bola. Hábitos com bola são deles, é o talento, depois é aprimorar uma coisa ou outra. No momento sem bola sente-se claramente que há muito para ser explorado, muito para ser trabalhado. Não tem a ver com quem trabalhou com o Rodrigo Mora ou quem vem da formação, o trabalho é muito bem feito e bem conduzido, mas são realidades diferentes. Uma equipa como o FC Porto, qualquer equipa grande na formação passa se calhar 90 por cento dos jogos a atacar, instalados no meio-campo adversário, e depois o momento sem bola fica muitas vezes descurado. O Mora tem feito o seu trabalho, o seu papel. Antevíamos que as linhas iam estar muito coladas, era preciso alguém que conseguisse descobrir espaços que parecem não existir. Parece-me que os posicionamentos estavam lá, não estávamos a conseguir encontrar ligação para poder alimentá-los. Na segunda parte eles entraram bem, o segundo golo é exemplo disso. Depois é uma questão de trabalho. O Mora não pensar que por hoje ter sido titular pela primeira vez, e eu fico muito feliz por ele, que está tudo resolvido. Ele tem muito para caminhar, muito para fazer. Terá naturalmente o seu futuro, mas não se pode esquecer que jogou no logar de alguém que na semana passada fez um jogo para mim brutal, o Danny Namaso. Brutal e não joga? Não joga porque há muitos fatores que condicionam a avaliação do treinador no momento de lançar o jogo seguinte, muito pela dimensão estratégica e o aquilo que o adversário podia ou não encontrar, por aquilo que fizemos aqui para a Taça, em que jogámos com Danny e Fran. Queríamos alguém que desse um cariz diferente ao nosso jogo e causasse algum ruído e dificuldade de interpretação da ocupação de espaços do lado do Mora e do Fábio. Foi a ideia com que lançámos o jogo e penso que resultou.”