Vítor Bruno, treinador do FC Porto, fez esta sexta-feira a antevisão ao jogo em casa do Moreirense, relativo à 15.ª jornada da I Liga e agendado para as 20h30 de amanhã
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Que semelhanças e diferenças encontra neste Moreirense em relação aos últimos jogos? "Por muito idênticos que sejam os adversários, não conseguimos encontrar uma cópia do passado, até porque na Taça da Liga o Moreirense apresentou-se com quatro ou cinco alterações em relação ao que é o seu onze-tipo, na Taça de Portugal já mais aproximado do onze mais utilizado, com exceção do Ofori e do Schettine, que estava indisponíveis nesse jogo e amanhã já estarão aptos. É um adversário muito bem montado, muito bem organizado, com uma identidade muito própria, a perceber que momentos tem de explorar no adversário… Vai obrigar-nos a estar com um olhar super atento, mas a querer muito ganhar, porque é um momento importante no campeonato."
O grupo refletiu sobre a trajetória fora de casa, onde tem estado mais desconfortável? "Queremos ganhar sempre: em casa, fora, pelo caminho, onde for. Agora, jogar em casa ou fora representa o mesmo, que são três pontos. É verdade que o último ciclo de jogos fora não abonou a nosso favor. Agora, também percebemos que, dos seis primeiros classificados, já jogámos contra cinco, fizemos nove pontos em 15 possíveis, amanhã temos o sétimo classificado para defrontar, já jogámos nos Açores com o Santa Clara, em Guimarães, em Alvalade, na Luz, só com o Braga é que jogamos em casa. E sabemos que este tipo de jogos valem campeonatos, como valeu no último jogo que fizemos em casa com o Casa Pia. São os jogos que no final vão marcar a diferença entre ficar um lugar acima ou um abaixo. Jogar em casa ou fora, sinceramente, é muito pouco importante, nem tivemos um olhar especial por esse prisma, porque sabemos que não vai adiantar nada. Não vamos fazemos disto um problema. Os problemas não são um problema em si, mas a forma como olhamos para ele e atitude que temos perante o problema. Olhamos para este jogo com mais uma oportunidade de reverter esse ciclo que tivemos a jogar fora."
Qual é o antídoto para um Moreirense invicto em casa? "O antídoto é chegar lá e respeitar muito um adversário que é forte a jogar em casa, que já ganhou a Sporting, ganhou-nos a nós, empatou com o Benfica em condições em que podia ter ganho o jogo e não o ganhou. Por isso, é olhar para o jogo com o respeito que o adversário nos merece, o que podemos fazer de diferente em relação ao que fizemos na Taça de Portugal, perceber como é que o Moreirense se comporta e como evolui ao longo do jogo, como começa, com que estrutura os aborda, o que é que altera se está a ganhar ou a perder, se monta uma linha de cinco quando se apanha em vantagem num momento precoce, geralmente no início das segundas partes; se em desvantagem investe e vai para um 4x4x2 declarado com dois avançados na frente… Isso é o que temos de fazer. Controlar o que o adversário pode apresentar amanhã e de que forma é que podemos surpreender, com que nuances podemos entrar e perceber de que forma podemos ferir um adversário que é forte a jogar em casa. Mas todos os ciclos acabam. Que seja amanhã."
Vê no equilíbrio entre os grandes um campeonato especial? "Os três grandes estão a fazer o que têm de fazer. Estão a ganhar, na maioria dos casos, os seus jogos, têm mais ou menos o mesmo número de pontos em termos médios do que tem sido construído nos últimos anos."