O conimbricense estreou-se com um triunfo por 2-0, começando aí a construir a fama de “adjunto invencível”. Em 2022 voltaria a ser chamado a render Conceição num dérbi e a vitória foi ainda mais robusta
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O dérbi com o Boavista poderá despertar em Vítor Bruno aquela sensação a “déjà vu”, uma vez que não será o primeiro, nem tão pouco o segundo, em que estará na linha da frente a dar indicações à equipa do FC Porto no banco de suplentes. Corria o ano de 2019 quando o então adjunto se viu obrigado a dar um passo em frente perante a ausência de Sérgio Conceição, castigado com oito dias de suspensão pelo Conselho de Disciplina da FPF pelo facto de o árbitro do Braga-FC Porto para o campeonato, Jorge Sousa, ter escrito que tinha insultado um adepto arsenalista. A história e a fama de “adjunto invencível” começou a ganhar forma a partir daí, à boleia de um golo de Tiquinho Soares e outro de Otávio, e prolongou-se por mais 17 jogos durante cinco anos até André Villas-Boas o convidar a assumir a liderança em pleno da equipa. “Controlámos perfeitamente o jogo e podíamos ter feito mais um ou outro golo”, referiu, nessa noite de 5 de abril, o conimbricense.
Será agora no papel principal que Vítor Bruno se apresentará num dérbi que lhe desperta as melhores memórias. Não só pelo resultado obtido na “estreia”, mas também porque a vitória obtida no segundo, disputado na temporada de 2022/23, foi ainda mais robusta. Com Conceição suspenso por um jogo, na sequência de uma expulsão contra o Mafra, para a Taça de Portugal, o técnico de 42 orientou os azuis e brancos numa goleada (4-1) obtida no Bessa para a 13.ª jornada do campeonato. Os marcadores desse dérbi de 12 de novembro de 2022 ainda hoje se encontram no plantel, mas apenas Eustáquio e Galeno (bisou) deverão ser aposta inicial de Bruno, até porque Marcano ainda procura a melhor condição física após um longe período de ausência por lesão (ver mais página 4). “Os primeiros 10 minutos foram deliciosos e se fizéssemos três ou quatro golos não era escândalo nenhum. Fomos uma equipa muito séria e profissional, houve uma parte em que o Boavista esteve por cima, fizemos mais um golo e a parte final é uma demonstração da nossa força”, analisou na altura. Uma força que o técnico espera ver repetida novamente amanhã.