Vítor Bruno: "Arbitragem? É demasiado evidente, é estranho e é mau para o futebol português"

Como se explica o rendimento do FC Porto em casa? "Tem que ver com os jogos sem si, a forma como os conduzimos, como conseguimos gerir jogos por nos colocarmos rapidamente na frente do marcador, depois, a equipa tem sido sólido a defender em muitos momentos... Depende também dos adversários, como se organizam, estruturam, de que forma vêm alicerçados, se com uma linha mais alta, mais baixo, se se expõe mais ou menos… Os campeonatos são ganhos fora e em casa. É preciso fazer muitos pontos fora, é preciso capitalizar muito do que é feito em casa. O passado recente também nos diz isso, porque perdemos muitos pontos no passado que pressentimos que foram decisivos nas contas finais. É o que tentamos fazer. Ter 50 mil pessoas a apoiar-nos e a empurrar-nos para vitórias é sempre melhor do que termos três ou quatro mil quando vamos jogar fora. Ainda assim, são sempre apoios decisivos no contributo que dão de fora e na forma como empurram a equipa em momentos mais delicados para durante o jogo resolver problemas que vão aparecendo. Com 50 mil é sempre mais fácil."

O FC Porto fez uma participação ao CA. As arbitragens estão a ter influência na classificação? "Se me está a perguntar, é porque pode também ter... Não estou a falar em concreto, mas pode haver aí esse sentimento, não só meu, mas como de muita gente que vive o futebol. O que me incomoda, e disse em Famalicão, é haver pessoas que possam ter critérios diferentes perante lances que possam ter ali alguma similitude. Muitas vezes também não podemos dizer muita coisa, sob pena de sermos penalizado. Isto não tem que ver com falta de frontalidade, mas sabedoria por sabermos o que nos espera se falarmos o que vai muitas vezes no coração. Agora, o preço mais alto que se paga por ser incongruente, só o sente quem sofre dessa incongruência. Não tenho muito mais a dizer, porque é demasiado evidente e é estranho, é mau para o futebol português. Temos lances recentes que não caem bem a ninguém e há muita gente que fica mal na fotografia."