Treinador de 41 anos assinou um contrato válido até junho de 2026. Foi apresentado esta sexta-feira, no Estádio do Dragão
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Sentimento: "Numa abordagem muito honesta, primeiro é o desconforto de ter de estar de fato. Em relação ao guarda-roupa, tenho de fazer algum investimento porque vou ter de me apresentar de outra maneira, claramente. Fora de brincadeiras, estou muito feliz e muito honrado pelo convite. Tenho uma noção perfeita da responsabilidade que está inerente a um cargo desta natureza, mas, ao mesmo tempo, com uma vontade muito grande de me atirar ao terreno, de começar a trabalhar no Olival, de começar a operacionalizar ideias, de validar muito daquilo que eu e a minha equipa técnica perspetivamos para o FC Porto. Sempre no sentido de criar laços e vínculos com toda a gente. Esse é o meu perfil. Não seremos os melhores e os mais talentosos em todos os momentos, mas naquilo que é o caráter, a ambição, a capacidade de trabalho, a exigência e a paixão pelo trabalho seremos imbatíveis. Vamos encarnar aquilo que é o espírito do sócio e adepto do FC Porto. É uma missão difícil, tenho essa noção clara. Mas é uma missão que quero viver e que quero muito, muito ganhar."
Apresentação de Vítor Bruno terminou com o treinador e o presidente André Villas-Boas a segurarem uma camisola do FC Porto em que estava estampado "2026" - o técnico assinou por duas temporadas.
Dificuldades financeiras: "Precisamos de construir um plantel vencedor, porque queremos ser campeões. Estamos numa situação limite. Felizmente, na forma como encontramos o clube, todo é uma janela de oportunidade. Estamos a dar os passos certos para um FC Porto consolidado e sustentado a nível financeiro. Um FC Porto, tal como nós o encontrámos quando os outros nos deixaram, comigo não irá acontecer. A situação com a qual nos deparamos... Não iremos deixar o clube nesta situação. Estamos a tomar passos muito firmes na sustentabilidade deste clube. Se formos criteriosos e planificarmos bem, teremos garantias de um plantel que se pode tornar vencedor."
Durante a campanha eleitoral disse que o FC Porto deveria ter renovado com Sérgio Conceição. Agora escolheu Vítor Bruno: "Corresponde também um pouco à minha caminhada como treinador, fruto de muitas experiências. Quero garantir que o treinador se dedica apenas e só ao que gostamos, treinar a equipa, desenvolver jogadores, preparar jogos e ganhá-los. A estrutura é altamente profissional e não poupamos, investimos, temos a certeza que vai trazer muito sucesso ao FC Porto. Será o seu baluarte sempre e foi isso que quisemos garantir. Vem de muitos anos de treinador, filosofia e pensamento. É isso que quero oferecer ao treinador do FC Porto. Tem a ver também com os timings, onde as renovações devem ser consideradas. Essa palavra foi feita nesse tempo, que se deve renovar por vezes nos tempos onde os treinadores mais precisam, quando são eliminados injustamente de determinada competição europeia, tal como foi o caso. Para isso, é preciso estruturas fortes. Esse era o timing certo, mas as coisas evoluíram. Termina-se uma história, começa-se outra. O passado já não interessa, vamos ao futuro."
Acordo com Vítor Bruno: "Uma decisão tomada no fim de semana, debatida entre nós, gestão desportiva e presidência. A partir desse momento, convidámos o Vítor Bruno e toda esta energia que sentiram aqui, eu também senti. Debatemos amplamente e ficámos com a certeza sobre o caminho que queríamos sair. Agradecer ao doutor Jorge Gaspar a facilidade com que foi feito todo o processo negocial feito à forma antiga, com palavra e rigor. Sem truques e fechado rapidamente."
Os objetivos para as próximas duas épocas, o plantel e Francisco Conceição: "Nesta casa, no FC Porto, toda a gente tem de ser viciada em ganhar. Portanto, os objetivos são sempre imutáveis no tempo, seja comigo ou com qualquer outro treinador. E falamos em todas as competições que vamos abraçar. Não nos vamos encolher em nenhum momento. Agora, sabemos que vai ser uma época difícil. Em relação ao plantel, é algo que tem de ser atalhado, temos de atacar porque o tempo é precioso e estamos a desperdiçá-lo com questões que não são as mais importantes. Agora à tarde, já vamos atacar esse tema, a definição do plantel e a planificação da época. Eu confio muito nas pessoas da estrutura, no Andoni Zubizarreta e no Jorge Costa. Têm muita experiência acumulada. Teremos de ter um olhar cirúrgico porque sabemos de algumas dificuldades que, neste momento, estão em causa no FC Porto. Mas faremos sempre um olhar muito criterioso e minucioso daquilo que temos ao nosso dispor e canalizaremos a nossa atenção para alvos que são realmente possíveis de concretizar. Também temos de olhar para dentro. Muita gente fala em prata da casa, mas, para mim, tem de ser o ouro da casa. Há muito valor aqui dentro. Muitas vezes temos a tendência a subestimar quem está connosco e olhar para quem vem de fora como um aporte de valor. Há muita gente talentosa aqui dentro, muita gente que tem de perceber que o momento faz a oportunidade. A mim, sangra-me o coração perceber que determinados talentos não aproveitam aquilo que têm. E nisso, eu não lhes vou dar absoluto descanso em nenhum momento. Quando eu sentir que eles são capazes e têm capacidade para dar, aportar e emergir no plantel profissional do FC Porto, vou andar em cima deles. Eu e a minha equipa técnica, porque sentimos que esse é um dos caminhos para trilhar em termos de sucesso. Quanto ao Francisco Conceição, conheço-o desde que ele era muito pequeno. Tenho uma estima muito grande por ele. Graças à perseverança dele e à forma e à capacidade como trabalha, foi construindo a sua carreira. Acabou a um nível altíssimo, que culminou com a chamada à Seleção Nacional, algo que me deixa muito orgulhoso. Mas vai ser tratado como qualquer outro elemento do plantel. Ninguém pode estar acima dos superiores interesses do FC Porto. Desejo-lhe a ele, ao Pepe e ao Diogo Costa a maior sorte do mundo na Seleção Nacional que possam regressar apenas no dia 15 de julho com o tão ambicionado troféu. Já em relação ao Stephen Eustáquio, ao Evanilson, ao Pepê e ao Wendell, e com algum egoísmo da minha parte, desejo que possam regressar o mais rápido possível. Eles são demasiado importantes e têm de estar aqui connosco."
Desgaste ao longo destas sete temporadas como adjunto do FC Porto e a nova função com os mesmos jogadores: "Todo este desgaste foi acontecendo de forma natural. A equipa técnica viveu tudo de forma muita intensa. Mas, em nenhum momento, esse desgaste foi passado para fora, nós conseguimos circunscrever ao nosso espaço. Era algo que já era visível e que foi partilhado entre mim e o Sérgio Conceição a poucos dias do final da época. Em relação aos jogadores, eu tenho a certeza absoluta de que eles me conhecem. Eles sabem como me comportei, sempre com a verdade, a autenticidade e a garantir aquilo que era o máximo sucesso para o FC Porto. Agora, num papel diferente, não vou mudar aquilo que sou. Sou fiel aquilo que sempre me ensinaram de berço. Terei um papel diferente em tomadas de decisão, mas tentarei sempre ser o mais justo possível. Em alguns momentos, não serei. Mas isso é a vida do treinador."
Saída de Sérgio Conceição: "A única coisa que tenho a lamentar é não ter feito a despedida como tinha combinado com Sérgio Conceição no dia seguinte à minha tomada de posse. Lamento imenso. Falámos abertamente durante duas horas e gostava de lhe ter oferecido uma despedida condigna, com tudo o que representou nestes últimos sete anos, com todo os troféus que conquistou a seu lado. A conversa terminou mal. Tomei posse a 27 de abril, esperei pacientemente para tomar posse da SAD, e agora queremos dar passos firmes e concretos, porque quero o FC Porto campeão nacional imediatamente no próximo ano. Há muitos dossiês a fechar com grande importância e o passado conta pouco, o que conta é o futuro. Que fique bem claro que essa homenagem ao treinador que saiu é devida e, escolha ele a data que escolher, estaremos de braços abertos para o receber."
Reações no balneário: "Não falei com os jogadores. Há notícias que são plantadas. Nem todas são verdadeiras. Do que sabemos do plantel, há uma aceitação geral. Há um carinho especial pelo treinador que nos deixou e pelo que conquistou. Mas o Vítor é uma pessoa do agrado de todos. Liderou o grupo muitas vezes e com sucesso. Todo o feedback que temos tido é positivo. Agora será julgado pelo seu trabalho."
Escolha de Vítor Bruno: "Em primeiro lugar muito satisfeito por dar ao Vítor esta oportunidade de liderar o FC Porto, que é um conjunto de emoções que bate profundo no coração, estes adeptos são exigentes como ninguém. É uma honra, um orgulho e um privilégio dar-lhe esta oportunidade. Acho que ficaram bem claros os valores que o Vítor representa, a forma como comunica, cativa e como cativará os jogadores. A forma como também me cativou, a Zubizarreta e Jorge Costa, pela clareza de ideias, pelo que sabe de futebol, pelo que conhece do plantel e do clube. É um homem de coragem, sem medo, que enfrenta este desafio e nós vamos fornecer tudo o que tivermos à nossa disposição para obter sucesso juntamente com o plantel."
Desafios: "O principal desafio é colocar a equipa a ganhar. De uma forma ou de outra, vai ter de acontecer. Olhar para o ouro da casa, não é uma solução de recurso. Havendo valor, é preciso ter de coragem de assumir, percebendo que terão de associar o talento à capacidade de trabalhar. Não lhes vou dar descanso. Será uma solução de primeira e não de recurso. Claro que é preciso uma mistura, mas sou daqueles que não hesita em apostar quando tiver de o fazer. Se tivermos à espera do momento certo, nunca avançamos. Tendo conhecimento do que passa aqui, não devemos hesitar. Os alvos que vieram de fora, serão identificados e que teremos de olhar de forma minuciosa e com total critério. Temos de estar seguros e firmes no sentido de levar o FC Porto ao sucesso."
Ainda a relação com Sérgio Conceição: "Podia fugir ao tema, mas dói-me falar de tudo isto. Obviamente que deixam marca. Sou muito grato a quem me ajuda, ao Sérgio de uma forma muito clara. Por todo o percurso que fizemos, pelos momentos difíceis que passámos não só no FC Porto, mas também em Olhão, Braga, Coimbra, Nantes, Guimarães. Todos com uma página de sucesso, à exceção do Vitória, onde não corre tão bem. Deixa marca? Deixa. Não guardo rancor a ninguém. Em nenhum momento fugi dos meus valores. Mas espero ter contribuído em alguma parte para o sucesso do Sérgio, é isso que vive comigo."
Vai ter Pepe na próxima época? "Sinto-me demasiado pequenino a falar do Pepe. É um símbolo do clube, uma referência para todos nós, com a qual me identifico muito. Encarna na perfeição os valores e desígnios do FC Porto. É uma conversa que terei com o presidente, transmitir a minha sensação, falar com o Pepe e tomar a melhor decisão. É um dossiê complexo e que obriga a perceber até que ponto devemos atuar, sem magoar e melindrar o Pepe. Tenho uma estima muito grande por ele. Partilhou a determinado momento que queria sentir o corpo dele no Europeu para depois tomar uma decisão. Temos de perceber o que sente neste momento, tendo sempre a certeza que é alguém que fará parte sempre da história do FC Porto."
Formar a equipa técnica: "Não tenho totalmente definida. Temos dois nomes já fechados: Nuno Piloto e Óscar Pintado. Ainda há espaço para integrar mais elementos e esse é um dos dossiers que queremos atacar rapidamente. Será fechado muito em breve. Nos próximos dias vamos fechar isso."
Que preocupações tem relativamente ao plantel? "A grande preocupação, e não quero entrar em conflito com o presidente, é o ruído da comunicação social. Tenho plena confiança, e não o digo de forma demagógica, que quer o presidente ou as pessoas da direção vão caminhar no sentido de dar ao clube o que ele vai precisar. Conheço as pessoas, sei o que defendem, e se o portismo está cá entranhado dentro, não vamos querer associar algo que não seja positivo ao clube. Sei que tenho à minha volta pessoas que amam o clube. Tenho garantia que vamos tentar garantir uma consistência do que já vem perfilado no ano anterior. Sei que vamos ter de fazer vendas e isso não é novidade, estou ciente disso. Sei o que está do lado de lá em termos de potencial, o que podemos alavancar também. Muita gente, que não tem o conhecimento tão profundo como eu... A mim dá-me total garantia para atacar a época desportiva. Estamos naquela fase do namoro inicial, em que é mais fácil. Vão haver momentos em que vamos divergir, mas é aí que vamos crescer e vamos estar alinhados com os interesses do clube, no sentido de defender sempre o FC Porto."
Decisão de se separar de Sérgio Conceição e tornar-se treinador principal: "Voltamos a falar do mesmo. Não quero continuar a alimentar o tema. Tenho demasiadas preocupações na minha cabeça para estar a castigar-me com algo que vai definir o sucesso do FC Porto. Tinha esta decisão pensada, e fui maturando ao longo da época. Falei com o meu pai, que considero ser um senhor do futebol, que é aquela pessoa a quem recorro. Não falo muito com ele, mas às vezes basta um olhar para perceber o que está do outro lado. A carreira dele também foi construída nestes moldes."
Empatia que foi criando com os adeptos ao longo dos anos: "Isso é uma questão para os sócios e não para mim. Eu espero que sirva para ancorar determinadas abordagens. Tenho um respeito enorme pelos sócios e adeptos, confio muito no que podem dar e sinto que fomos muito à boleia deles para grandes conquistas. Precisamos de estar claramente entranhados porque vai ser um ano difícil e todos vão ser importantes. Vejo neles um papel decisivo. Muitas vezes dizemos que a grandeza de um clube é o palmarés, eu tenho uma visão ligeiramente diferente. Os sócios e adeptos são sempre uma porta e acrescentam sempre algo mais à dimensão de um clube. Nunca podemos dissociar o adepto daquilo que é a grandeza do clube. Do que tenho visto, nunca ficaram aquém. É isso que espero deles em todos os momentos desta época."
Desgaste: "Para ser honesto, todo este desgaste foi acontecendo de forma natural. Sabemos como vivemos como equipa técnica. Era algo que já era visível e que foi partilhado entre mim e o Sérgio a poucos dias do final da época. Os jogadores conhecem-me e eles têm a capacidade de perceber muito rapidamente a forma como me comportei. Obviamente que não vou mudar aquilo que sou, só porque estou num cargo diferente, mas terei um papel diferente, sobretudo em questão de tomadas de decisão. Sendo o mais justo possível, sabendo que nem sempre o serei, mas é a vida de um treinador. Está muito claro na cabeça dos jogadores aquilo que eu represento e sou."
Relação com Francisco Conceição depois do que aconteceu: "Conheço o Francisco desde muito pequeno, tenho uma estima muito grande por ele e graças à forma como trabalha foi construindo a sua carreira. Culminou nesta chamada à Seleção. Vai ser tratado como qualquer outro elemento do plantel, nenhum jogador pode estar acima dos interesses de um clube com a dimensão do FC Porto. Já que fala no Francisco, permita-me desejar-lhe, a ele, ao Pepe e ao Diogo, a maior sorte na Seleção e que possam só regressar no dia 15. Em relação a Eustáquio, Evanilson, Wendell e Pepê, com algum egoísmo da minha parte, desejo que regressem rapidamente. São demasiado importantes e têm de estar connosco."
O que é que se passou com a saída de Sérgio Conceição e com a sua contratação? "Em relação ao elefante na sala, nós podemos olhar para ele como um elefante ou uma formiga. Depende do olhar que nós tivermos perante aquilo que aconteceu. Em relação a esse assunto, devo dizer que não me sinto nada confortável. Passei uma semana muito difícil, eu e a minha família. Uma semana de sofrimento e de grande angústia. Para ser honesto, eu não quero alimentar esse circo mediático que se foi levantando. Fiz aquilo que tinha de fazer, no momento próprio, quando tinha de esclarecer. Remeto tudo aquilo que tenho a dizer agora para aquilo que foi lançado em comunicado. Parece-me que começaram a criar uma novela com capítulos a mais para aquilo que é o guião da verdade. É o meu sentimento genuíno, sincero. Tenho a minha paz interior completamente garantida, adormeço todos os dias sob o aplauso da minha consciência. Tudo o resto que possam querer especular eu já não posso controlar. A partir desse momento, isto é um não assunto para mim. Tenho muito em que me focar, tenho de canalizar a minha energia para aquilo que é o futuro do FC Porto. É isso que quero fazer."
"Encerrámos, recentemente, um ciclo mágico que tanto nos orgulhou. E na memória ficaram um conjunto de vitórias onde o portismo esteve sempre presente de forma visceral. Ao Sérgio Conceição, homem de forte caráter, defendeu as cores do nosso símbolo. Queremos agradecer-lhe. Esta é a tua casa, nela serás sempre bem recebido. Tens a minha palavra.
Começamos uma nova era no Dragão, marcado pelo início de uma nova gestão, na figura do Zubizarreta e do Jorge Costa. Vítor, tomas responsabilidade numa casa que conheces bem. Os associados vão exigir de ti. Deste muito e vais continuar a dar. Vamos dar-te todo o apoio, talento e organização. Os ingredientes para vencer tudo o que ambicionamos e desejamos. Encontramos em ti as qualidades necessárias para venceres este desafio. Com a tua liderança, o teu conhecimento do clube e da realidade, os dossiês, da formação e do sénior, a trabalharem com fome de gahar, com o respeito que o grupo tem por ti. Caro Vítor Bruno, desejo-te as maiores felicidades. Lutaremos incansavelmente ao teu lado para o sucesso do FC Porto."
Inserido na campanha anunciada por Villas-Boas de aproximar mais os sócios da vida do clube, o FC Porto estreia esta época o conceito de “Lucky Fan”, um programa que vai garantir experiências exclusivas inserido na nova estratégia de benefícios. O arranque é ja esta tarde com 11 contemplados, que hoje cumprem o seu aniversário a serem selecionados para receber um convite para a cerimónia de apresentação de Vítor Bruno como novo treinador.
A partir de agora, em determinados momentos, os sócios serão surpreendidos com convites que os trarão para dentro da vida do clube, participando em acontecimentos que, normalmente, estão vedados ao olhar comum. Haverá sempre um critério na escolha, mas o mesmo será sempre diferente e da inteira responsabilidade da estrutura FC Porto, de modo a que seja impossível antecipar o próximo passo.
A comunicação é feita por telefone e do lado de lá pode estar o FC Porto com um convite.
"Um agradecimento sincero ao presidente. Agradeço a coragem que teve em traçar um caminho que penso que vai ser de total sucesso. O que posso garantir a si, presidente, é que a coragem que teve, a par da sua administração, é a mesma que eu vou devolver. Eu, a minha equipa técnica, os jogadores, na defesa intransigente do FC Porto. Posso garantir isso. A partir daqui, mãos à obra, trabalhar, e procurar o sucesso do FC Porto."
André Villas-Boas começa o discurso.
Vítor Bruno e André Villas-Boas vão fazer um primeiro discurso, antes de responderem às perguntas dos jornalistas.
Vítor Bruno e André Villas-Boas entraram na sala e vai começar a cerimónia.
Apresentação deverá começar dentro de momentos.
É com o contrato já rubricado que Vítor Bruno e a direção desportiva do FC Porto, formada por André Villas-Boas, Andoni Zubizarreta e Jorge Costa, continuarão a trabalhar em diversos dossiês, entre os quais o da composição da equipa técnica. Nuno Piloto é o único elemento garantido, daí que os restantes ainda não devam ser conhecidos durante o dia de hoje. No entanto, das conversas realizadas esta semana resultou já uma data para o arranque da pré-temporada. Segundo informações recolhidas por O JOGO, a estreia de Bruno como técnico principal está marcada para 1 de julho, pelo que os jogadores que se encontrem a gozar férias fora do país têm de regressar à Invicta no último fim de semana de junho. Não será propriamente uma novidade para o técnico natural de Coimbra, uma vez que assumiu a orientação de treinos no passado, mas o momento será carregado de simbolismo, por marcar o início de “um novo capítulo”: na carreira e também na vida dos portistas.
“A paixão e a ambição permanecem”. Foi desta forma que o FC Porto rematou a apresentação de Vítor Bruno, oficializado como novo treinador da equipa principal ao final da tarde de ontem, dia em que assinou um contrato válido para as próximas duas temporadas. À comunicação na CMVM seguiram-se uma série de publicações nos meios do clube sobre a ascensão do técnico de 41 anos, que será apresentado hoje, às 15 horas. A cerimónia decorrerá no mesmo local onde André Villas-Boas tomou posse como presidente dos azuis e brancos, a 7 de maio, e onde há 14 anos também havia sido anunciado como treinador, com o sucesso que se conhece: o camarote presidencial do Estádio do Dragão.
Vítor Bruno é o novo treinador do FC Porto, tendo assinado um contrato válido para as próximas duas épocas. A contratação já foi comunicada à Comissão de Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), estando a apresentação marcada para esta sexta-feira, a partir das 15h00, no Estádio do Dragão.