Vítor Bruno antes do FC Porto-Manchester United: "Se alguém está com a corda no pescoço, somos nós..."
Declarações de Vítor Bruno na antevisão do FC Porto-Manchester United, partida da Liga Europa
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Bodo/Glimt, Arouca e agora Manchester United: "Cada jogo tema sua especificidade. É difícil colar um jogo com outro, porque são adversários diferentes, que nos oferecem diferentes problemas. Temos de andar muito em cima do que é nosso. Percebermos que na Noruega cometemos determinado tipo de erros que não podíamos cometer, corrigimos muita coisa no jogo com o Arouca. Uma delas foi a questão das transições defensivas e a equipa esteve exímia. Agora, em relação ao Manchester United, trabalhámos o que aconteceu com o Arouca, analisámos e procuramos amanhã andar em cima da perfeição. Sabemos que é difícil. Agora, estes jogos de nível europeu, de alto nível de complexidade, obrigam-nos a roçar praticamente a perfeição. São jogos em que muitos vezes resolvemos um problema e logo a seguir aparece outro, porque é tudo muito mais intenso e exigente. Não só do ponto de vista físico, mas da capacidade de tomar boas decisões. Será um jogo de alto nível de exigência."
Que comentário lhe merece o momento do Manchester United e que reação espera? "Ouvi muito gente dizer que vinham com a corda ao pescoço. Se há alguém que está com a corda ao pescoço somos nós, porque estamos atrás do Manchester United no objetivo de chegar à qualificação. Temos uma oportunidade de, pelo menos, reentrar nos lugares de play-off e depois seguir o nosso caminho.!
Será um erro olhar para o momento do Manchester United e pensar que pode ser mais acessível? "Isso seria muito pouco inteligente da nossa parte. É fácil descodificar a equipa do Manchester United e perceber quem está do lado de lá. Individualmente, tem jogadores de nível mundial, todos eles internacionais pelos seus países. Quem quiser contar uma história diferente, está a contar uma narrativa que não corresponde à verdade. A partir desse momento, é fazer a análise do Manchester, perceber, coletivamente, que pontos fortes tem, que tipo de ameaças nos vão oferecer, onde é que podemos encontrar algumas debilidades que qualquer clube do mundo tem. Agora, se puxarmos um pouco a cassete atrás, vemos que no início de época esteve a dois/três minutos de bater aquele que para muita gente é a melhor equipa do mundo, que é o Manchester City, na Supertaça. Aí era um super-Manchester United. Isto não se perde de um momento para o outro. No contexto mais recente, com o Tottenham, reduzidos a dez, não explica o que é a realidade do jogo. Ou melhor, o jogo entra por um caminho que não é o mais verdadeiro e não representa o que é a real valia do Manchester. Temos de estar muito alerta amanhã, com um alto sentido de responsabilidade, muito sentido de missão para atacar um jogo que será difícil, mas que queremos muito ganhar.