Vítor Bruno 'Aleixo' desconhece qualquer ato premeditado para controlar a AG a favor de Pinto da Costa, mas confessou agressões
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Vítor Oliveira, Aleixo filho, sócio do FC Porto desde o nascimento, mas que nunca pertenceu aos Super Dragões, disse na segunda sessão do julgamento da Operação Pretoriano desconhecer qualquer ato premeditado para controlar a AG a favor de Pinto da Costa, mas confessou agressões.
Contou que ouviu o pai a ser apupado e viu-o discutir com um indivíduo, tendo-lhe dado um estalo, provocando a reação de um terceiro sujeito que respondeu com um soco ao seu progenitor.
“Mal vi isso, a minha reação foi descer. Dei-lhe um soco, o homem caiu. Levantou-se e vinha para cima outra vez e foi quando o afastei com o pé. Ele não caiu ao chão, mas nas cadeiras. Entretanto o meu pai chamou-me e fui para cima”, contou.
Justificou a troca de roupa durante a AG com o facto de ter a camisola com sangue, tendo feito a muda da camisola no pavilhão e das calças no carro.
“Comecei a receber telefonemas e comecei a ficar nervoso. Um amigo disse-me que estava cheio de sangue. A minha mãe disse-me que a polícia me ia levar. Então, um amigo deu-me uma camisola e um gorro. Depois vi que as calças tinham sangue e também troquei. Continuei na AG, pois queria votar", contou.
Durante a tarde vão ser ouvidos os arguidos José Pedro Pereira, Fábio Sousa e José Dias.
Os 12 arguidos da Operação Pretoriano, entre os quais o antigo líder dos Super Dragões e a mulher, Sandra Madureira, começaram segunda-feira a responder por 19 crimes no Tribunal de São João Novo, no Porto, perante forte aparato policial nas imediações.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação, em torno de uma assembleia-geral do FC Porto, em novembro de 2023.
Em causa estão 19 crimes de coação e ameaça agravada, sete de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo, um de instigação pública a um crime, outro de arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda três de atentado à liberdade de informação.
Entre a dúzia de arguidos, Fernando Madureira é o único em prisão preventiva, a medida de coação mais forte, enquanto os restantes foram sendo libertados em diferentes fases, incluindo Sandra Madureira, Fernando Saul, Vítor Catão ou Hugo Carneiro, igualmente com ligações à claque.