Dupla de avançados, enquadrada no 4x4x2 concebido por Artur Jorge, agrada a Wilson Eduardo
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De características diferentes, Vitinha e Banza levam juntos dois jogos no ataque do Braga e não deverão separar-se tão cedo. São peças indispensáveis no puzzle montado por Artur Jorge e têm funcionado em pleno na perspetiva de Wilson Eduardo, que, ao serviço dos bracarenses, também jogava ao lado de outro avançado, em 2015/16, então sob o comando de Paulo Fonseca.
"Casam bem. O Vitinha dá trabalho aos defesas, nunca pára. Trabalha muito, tanto defensivamente como ofensivamente. Faz o chamado trabalho invisível. Já o Banza é o típico jogador de área, muito eficaz na finalização. O Braga tem bons avançados. Até aquele miúdo que veio da equipa B [Álvaro Djaló], que, apesar de não jogar tão declaradamente na frente, tem apetência para fazer golos e assistir", assinalou.
O leque de opções é tão rico e vasto que Abel Ruiz, autor de um golo frente ao Sporting, só tem jogado como suplente utilizado. Nada que espante o atual jogador do Alanyaspor. "O Vitinha esteve muito bem na época passada e o Banza já mostrara no Famalicão que tinha golo e não só. É um avançado de muita qualidade, mas o Abel Ruiz também tem muita qualidade. Caso contrário, não era chamado à seleção de Espanha. Vai ter as suas oportunidades", estimou, considerando que a "concorrência apertada" joga sempre a favor dos jogadores.
"Nós gostamos de sentir que não podemos facilitar. Não havendo isso, há sempre o risco de relaxar, de haver alguma displicência nos treinos. E essas situações não podem acontecer. Para o treinador é que se torna mais complicado, porque só podem jogar onze", referiu.
Atento à evolução do novo Braga (assistiu aos jogos com o Sporting e o Famalicão pela televisão), Wilson Eduardo aposta numa época muito proveitosa e não tem dúvidas de que o esquema em 4x4x2 favorece a dupla Vitinha-Banza.
"Os avançados estão sempre mais próximos da baliza. Ainda há o Ricardo Horta, que também cheira o golo, e o Iuri Medeiros, que é um falso extremo, como era o Josué na época do Paulo Fonseca. Todos gozam de maior liberdade. Não estão presos às linhas ou aos centrais", observou, certo de que os seis golos já somados pelo Braga (três da autoria de Banza) são sinal claro de que a equipa está "no bom caminho." "As dinâmicas são boas", sentenciou.
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