Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol, também marcou presença na Conferência Parlamentar "Violência no Desporto".
Corpo do artigo
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol, Pedro Proença, destacou esta terça-feira o papel da violência comunicacional no caso do futebol.
"[a violência comunicacional] Está a condicionar todos os nossos protagonistas. Este é um fenómeno difícil de travar quando praticado por pessoas cujo principal interesse não é claramente o futebol. Os jogadores, árbitros e dirigentes têm sido vítimas desta violência gratuita. Tem implicado a perda de patrocinadores e a perda de credibilidade e do bom nome dos clubes. Violência verbal em escalada, exagerada e mesmo descontrolada. Não pode existir ânimo leve quando está em causa uma indústria de milhões", afirmou.
Proença salientou também a segurança nos estádios, a autorregulação do futebol e os trabalhos em marcha para melhorar toda esta situação.
"Muito [o futebol] tem melhorado em termos de segurança nos recintos desportivos. Sabemos estar em curso um trabalho de atualização da Lei da Prevenção da Violência. A Liga está inteiramente disponível, tendo sido inclusivamente já trocada correspondência e reunido com a tutela para o efeito. Já fizemos chegar à Secretaria de Estado do Desporto um documento que pretende dar um tratamento diferenciado aos grupos organizados de adeptos. O futebol tem demonstrado que é um exemplo de autorregulação eficaz, referindo-se nomeadamente o regime sancionatório pecuniário. Na época passada as molduras sancionatórias aumentaram 100%, 200% e, em alguns casos, 300%", concluiu.