Diogo Almeida estava no Águeda e voltou à Sanjoanense, clube do coração, para garantir a permanência
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Diogo Almeida foi um reforço decisivo para a Sanjoanense carimbar a permanência na Liga 3, numa época atribulada, que começou atrasada na construção do plantel, maioritariamente formado por jovens da casa e reforços oriundos de divisões secundárias. O guarda-redes, de 32 anos, voltou ao clube do coração a meio da época e foi o herói do empate diante do Vianense (1-1) ao efetuar várias defesas que seguraram o ponto que soltou a festa.
Com um início de época atribulado, que atrasou a construção do plantel, a Sanjoanense fez a festa no sábado, em casa, com um empate frente ao Vianense (1-1). E o guarda-redes foi o herói do jogo.
“Estava no Águeda, a Sanjoanense já me queria no início da época mas só consegui voltar em janeiro porque o clube não me libertava. Vim para ajudar nesta missão impossível. Num momento destes, não os podia abandonar”, diz a O JOGO o guardião que participou em dez partidas. “Já em Fafe tinha feito boas defesas. As coisas estão-me a correr bem. Este foi sem dúvida o melhor jogo e o resultado foi muito importante para o grupo de trabalho, ainda mais em casa”, expõe, elogiando também o colega de posição, Diogo Santos, assim como o treinador de guarda-redes Rui Correia, que “fizeram com que não adormecesse”. “Quando cheguei não fui logo titular. Só fui para a baliza no jogo seguinte, eles foram úteis na minha evolução”, destaca.
“Este grupo mostrou que é muito forte na adversidade”
Apesar do momento de euforia vivido na passada jornada, Diogo Almeida reconhece que a fase de manutenção não começou da melhor forma e chegou a temer-se uma descida de divisão. “Quando perdemos as primeiras duas jornadas todos passaram a acreditar menos. Eu próprio duvidei, assim como os adeptos, mas este grupo superou-se e mostrou que na adversidade é muito forte. Já estamos há sete jogos sem perder”, salienta, atribuindo também o mérito ao treinador Henrique Nunes, “pela sua experiência”, assim como ao antecessor, Pedro Oliveira, “pela capacidade de criar este grupo”.
“Redes” à antiga, dentro da caixa
Natural de S. João da Madeira, Diogo Almeida fez todo o percurso desportivo no distrito de Aveiro, sendo logicamente a Sanjoanense um emblema de relevo. “Uma das épocas mais marcantes foi a subida ao Campeonato de Portugal com o Pepa e à Liga 3, apesar de ter sido na secretaria, devido à desistência do Leça”, conta o guardião, que também subiu ao CdP com as cores do Beira-Mar.
Permanecer na Sanjoanense em 2024/25 é a sua vontade. “Pelo que demonstrei, espero continuar. Não sou um guarda-redes moderno, com bom jogo de pés. O meu ponto forte é dentro dos postes, é dentro daquela caixa”, avalia.