Villas-Boas: "Na passagem de Angelino Ferreira as contas eram feitas à moda do Porto e direitas"
Declarações de André Villas-Boas na Casa do FC Porto, em Espinho, onde esteve acompanhado por Angelino Ferreira. O candidato às eleições do FC Porto, marcadas para 27 de abril, teve direito a casa cheia
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As visitas às casas: "As casas estavam, inicialmente, com algum medo de abrir as portas. Felizmente isso mudou e agora há sinal de novo e crescente associativismo do FC Porto. Provavelmente estas eleições vão dobrar o número de votantes de 1988.”
Sobre Angelino Ferreira: "A passagem de Angelino Ferreira pelo FC Porto foi numa altura em que as contas eram feitas à moda do Porto e direitas.”
Direção desportiva: “Vamos fazer mudanças claras e evidentes na direção desportiva, porque é onde está o coração do FC Porto. É uma área de ação imediata para nós. Tem de haver planeamento e rigor, seja na equipa principal, seja na formação.”
As taças: "Costumo andar com estas taças [da Champions e da Liga Europa] comigo - e são réplicas, não foram roubadas do museu -, representando a importância histórica do clube. Um fardo de responsabilidade, representativas do legado do presidente Pinto da Costa. Faço questão que me acompanhem por isso, para que possa sempre corresponder às exigências."
Amor ao FC Porto e as casas: "Esta onda tem de ser uma onda que se transmite no dia a dia do FC Porto. Nunca houve opinião e troca de ideias. A comunicação entre casas, entre sócios, sempre foi deficiente ao longo dos anos. As casas viveram pelo esforço único das suas direções e de um amor singular ao FC Porto, com muito pouco apoio da casa-mãe."
FC Porto sem dinheiro: “Ao longo dos últimos 12 anos, o FC Porto caminhou para o panorama cada vez mais negro. O que temos feito é sentarmo-nos com a banca internacional. O FC Porto paga 25 a 30 milhões de juros por ano. Tudo isto é pressão de tesouraria, a maior parte das receitas estão antecipadas. O FC Porto não tem dinheiro para operar no dia a dia e tem de chamar receitas futuras para poder pagar salários. É uma montanha para recuperar, obriga a muito critério, obriga a uma equipa séria e competente. Temos de ser intransigentes. Temos de chamar as melhores pessoas a todos os níveis.”