Declarações de André Villas-Boas, candidato à presidência do FC Porto, à margem da apresentação dos elementos da sua Comissão Executiva, esta quinta-feira, na sede de campanha
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Competências dos três nomes apresentados: "Três grandes portistas, sócios do FC Porto que sabem perfeitamente quais são os valores fundamentais do FC Porto e sobretudo o caminho que é lançar o clube para uma nova gestão, para a modernidade e lançar um FC Porto renovado. Eles estão imbuídos no mesmo espírito que eu, o lançamento desta candidatura, três pessoas que eu fui conhecendo ao longo deste caminho, acredito nas suas competências, em várias áreas, operações jurídicas e áreas de negócio, e estou confiante que serão pessoas que irão muito contribuir para o crescimento do FC Porto. São tudo áreas de intervenção imediata. Com a mudança da administração há áreas de intervenção que caem, que precisam de pessoas novas para essa liderança, caso sejamos eleitos, evidentemente, e estas pessoas cobrem essas áreas com experiência, com um amor único pelo FC Porto, mas também com as suas competências que ficaram bem claras hoje."
Falhar a Liga dos Campeões: "Nesta fase há várias considerações a ter, o FC Porto perde a Liga dos Campeões muito por culpa da queda de Portugal no ranking coeficiente da UEFA, que é um primeiro sinal de alerta de perda de valor do produto, muito por conta dos pontos atribuídos na Liga Conferência, antes que os clubes estivessem atentos ao coeficiente que estava a ser atribuído à Liga Conferência, onde o FC Porto, o futebol Português e os clubes portugueses perderam competitividade e acabou por se refletir na perda de ranking da UEFA. Esse é o primeiro problema, que é um problema de qualidade, de competitividade, de produto, onde temos que nos voltar a colocar.
Impacto financeiro por não ir à Champions: "É um desafio enorme, evidentemente, estamos a falar em uma perda significativa de valor por volta dos 40 milhões de euros entre a Liga dos Campeões e a Liga Europa. O FC Porto já se encontra em situação de tesouraria limite ,tem que recorrer frequentemente à antecipação de receitas para poder operar no seu dia-a-dia. Isso são tudo problemas que se levantam e daí que nós não estamos a perder tempo do ponto de vista do estabelecimento de contactos exploratórios já para novas parcerias comerciais e para a renegociação da dívida do FC Porto. Estamos atentos a esta mudança estrutural de venda de receitas comerciais que pode realmente impactar o futuro do clube. Evidentemente, estamos confiantes que o parceiro possa ser um parceiro de elite tendo em conta a sua experiência. No entanto, a falta de informação não nos permite ter uma opinião mais vincada sobre o assunto e daí temos pena não termos visto a resposta por parte do FC Porto às perguntas que colocámos. São negócios estruturantes que estão a ser tomados há poucos dias das eleições. Temos muita, muita pena que isso possa acontecer, porque hoje foram vistas aqui três pessoas que têm competências para elevar também do ponto de vista comercial e operacional e jurídico o FC Porto noutro tipo de colocação. A perda é significativa e mais um desafio."