Villas-Boas: "FC Porto no limite de se tornar refém de fundos e interesses alheios"
Declarações de André Villas-Boas na Casa dos Dragões de Fiães
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Ser candidato em 2028 se perder: "Muitas pessoas que têm passado pela sede elogiam a minha coragem. Fico um pouco sem jeito em relação a isso. Isto é uma questão de amor. É um novo universo. Nunca vivemos algo assim. O FC Porto nunca esteve aberto a discussões. Existem duas candidaturas muito fortes e uma terceira. Quando há assim, algumas pessoas preferem uma e outras preferem outra. Não há ninguém a dividir o clube. O FC Porto está numa situação limite. Pensar em 2028, tendo em conta as pessoas que estão a ser escolhidas por parte da outra candidatura e as decisões estruturantes que estão a ser tomadas no seio do clube, principalmente ligadas a um fundo que está presente na candidatura do presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, quando lá chegarmos, o FC Porto já não é o FC Porto que conhecemos. O FC Porto está completamente vinculado a um fundo e apostou numa linha de sucessão direta para outras pessoas”.
FC Porto refém de fundos: "Infelizmente, o nosso presidente não é eterno, tem a sua idade e os jogos, a vida de presidente e a dedicação ao FC Porto causam algum degaste. E é muito possível, depois, que numa sucessão direta antes de 2032, que haja um novo presidente do FC Porto escolhido entre os vice-presidentes que lá estão. Vejo a coisa muito difícil, perante a realidade atual, que em 2028 possa ser deparado com o FC Porto atual, que ainda é dos sócios, mas que está no limite de se tornar refém de fundos, de parcerias comerciais, de antecipação de receitas, de mentiras, de interesses alheios, porque é o que se está a passar atualmente. A situação é limite. Dizendo abertamente, 2028 não é um cenário para mim. É agora, neste momento, com a vossa força, que estará presente e ditará a mudança. É neste FC Porto que ainda acredito e ainda quero pegar. Em 2028 é um cenário diferente".