Villas-Boas e o que disse Conceição: "Não podem escudar-se em multas para as pessoas que trazem verdades à praça pública"
Declarações de André Villas-Boas, esta terça-feira, após a apresentação do Centro de Alto Rendimento, que decorreu em Lisboa
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Como viu a associação da sua candidatura à mudanças das arbitragens pelo presidente?
“Eu não vou alimentar essa polémica porque tem tanto de infeliz como a própria declaração. Portanto, vamos seguir para o futuro do FC Porto, que é por isso que estamos aqui.”
Têm havido demasiados ataques nesta campanha eleitoral?
“Estamos aqui para demonstrar um projeto e este projeto acabou por tornar-se uma candidatura muito forte, cada vez com mais sócios do FC Porto. Tivemos uma noite do FC Porto em Lisboa, celebrada com um amor profundo pelo FC Porto, da parte de tantos e bons lisboetas que defendem o azul e branco na capital. Portanto, isto também é um sinal de vitalidade, um sinal de uma nova forma de comunicar. O FC Porto é um clube nacional, que tem que continuar a crescer nacionalmente do ponto de vista do associativismo, do ponto de vista da sua relação com os seus sócios. Seja no continente, seja nas ilhas, há um sentido cada vez mais presente de afastamento com os associados. Os associados ao FC Porto não existem só para pagar quotas e bater palmas, existem no sentido de clube de futebol fundado pelos seus sócios e é assim que essa relação tem que ser. Uma relação de encurtar distância para os mesmos e tê-los bem mais próximos do FC Porto.
Derrota com o Estoril pode dar maior mobilização à sua candidatura?
"Não. O FC Porto é um clube nascido para vencer, tem a obrigatoriedade de lutar por todos os títulos. Portanto, estar em terceiro lugar com uma distância tão grande para o primeiro classificado e para o segundo não é para celebrações e não é para um ato de campanha eleitoral."
Denúncias feitas por Sérgio Conceição sobre árbitros...
“São declarações de algo que os próprios constataram e, evidentemente, acho que é importante ver o esclarecimento das instituições que governam o futebol português. Portanto, as mesmas também não se podem escudar apenas em multas para as pessoas que trazem determinadas verdades à praça pública. Eu tenho o Sérgio Conceição como um homem de carácter e de palavra e penso que não iria mentir em determinados casos. Se assim é, também cabe às instituições falarem. Quando passamos um fim de semana e ficamos marcados por erros claros de arbitragem é grave e é importante que as instituições também se saibam posicionar e respeitar os clubes envolvidos.”
Concorda com a tomada conjunta de posição por parte dos jogadores?
“É uma estratégia de comunicação seguramente ditada pelo FC Porto. Portanto, há um sentimento de frustração. Não justifica tudo o que tem acontecido ao clube. É uma época má para o FC Porto a nível desportivo e que não serve o propósito do clube, que é o de ganhar. Portanto, o FC Porto tem é que se encontrar com os títulos o mais rapidamente possível e é por isso que mesmo aqui já orientamos o futuro para trazer esse título de campeão nacional de volta, que tanta falta nos faz.”
Confiante de que vai ganhar as eleições?
“Vamos ver. O que se espera é uma adesão em massa no dia 27 de abril. Há um sentido crescente de mudança. Temos bons indicadores relativamente à nossa candidatura. É realmente uma candidatura muito forte. O FC Porto acordou para uma nova fase da sua vida. Está aí evidente, está presente em todos os associados que agora discutem o futuro do clube, como antes não discutiam. Agora, queremos traduzir essa massa crescente em voto, pelo que também do ponto de vista operacional iremos incentivar os sócios a exercerem esse direito de voto. Que estas eleições se possam traduzir realmente como as mais votadas sempre e, se possível, que dobrem o valor das eleições mais votadas sempre na história do clube, que foram as de 1988.”