Dois jogos e duas vitórias, contra os históricos Leça e Beira-Mar, valem a liderança aos recém- promovidos. Pedro Campos, 33 anos, é o treinador
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As últimas semanas têm sido alucinantes para o Vila Meã. Há um mês - a 17 de julho - era oficializado o convite ao emblema de Amarante para integrar o Campeonato de Portugal, por via da despromoção do Boavista aos Distritais, o que resultou na promoção do Marco 09 à Liga 3 e consequente vaga no CdP. Ora, o Vila, segundo classificado da AF Porto em 2024/25, aproveitou a oportunidade e reintegrou os nacionais. Entregou o comando técnico a Pedro Campos, de 33 anos, adjunto de Vítor Paneira na época passada, e na primeira jornada recebeu e bateu o Leça. Se a vida já estava a correr bem, melhor ficou quando no domingo foi a Aveiro derrotar o Beira-Mar. “É, sem sombra de dúvida, um início que supera as expectativas, porque temos uma série de enorme qualidade e porque enfrentámos dois históricos”, assinala o jovem treinador.
Jovem técnico assume que este é um início que supera, “sem sombra de dúvida”, as expectativas. Gosta de “futebol ofensivo e dominador” e revela ter aceitado um projeto “de crescimento sustentado”.
Numa fase inicial, Pedro Campos aceitou o Vila Meã para tentar ganhar a Divisão de Elite da AF Porto. Mas os planos mudaram. “[A repescagem] obrigou-nos a preparar o período pré-competitivo de outra forma, mas não mudou em nada a nossa ambição. É o regresso do clube a um patamar de onde nunca deveria ter saído”, salienta. “Aceitámos um projeto de crescimento sustentado”, elogia.
Ainda assim, conseguir a permanência será fulcral. “Não é o nosso único objetivo, mas é um dos objetivos, dentro de um crescimento sustentado que quer impulsionar uma ideia coletiva e a valorização do jogador”, explica. Ora, com seis pontos em dois jogos, o moral está em alta no balneário, sem ser preciso refrear os ânimos. “Estamos num campeonato em que o caráter competitivo é muito equilibrado. Temos de ter os pés sempre bem assentes na terra. É uma entrada em alta, sem dúvida, mas nunca estamos satisfeitos”, avisa.
Natural do Porto, tem largo currículo em diversos escalões de formação, não obstante a tenra idade, e define-se como um treinador que privilegia o “jogo ofensivo e dominador”. “Queremos ser protagonistas do jogo, com um caráter competitivo sempre de alto nível e colocar uma identidade própria no que fazemos”, enumera. No futuro, pretende alcançar “o topo do futebol”, embora saiba que só “um coletivo forte”, com o contributo “do jogador”, é que vai “promover” o trabalho.