Presidente acertou com o técnico últimos detalhes do novo contrato, de dois anos, mas quer um final de temporada diferente
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Está tudo tratado e só fica a faltar a assinatura. Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus reuniram-se esta quinta-feira e a conversa entre ambos, como O JOGO perspetivou na última edição, foi mesmo definitiva para a continuidade do treinador à frente do plantel das águias.
Houve fumo branco após a reunião, para um novo vínculo válido até 2015, mas o líder dos encarnados acrescentou uma exigência: nova época de sonho, mas com títulos no final.
Sem anunciar a continuidade de Jorge Jesus, Luís Filipe Vieira reforçou a sua liderança sustentada na continuidade e, no discurso proferido no jantar com deputados benfiquistas deixou bem explícita a sua decisão. "Para o ano temos de repetir o que fizemos este ano e escrever, apenas, um final diferente. Temos condições para isso!", enfatizou o presidente do Benfica.
Nas entrelinhas, Vieira sustentou a continuidade do técnico, até argumentando com o facto de o Benfica ser, "no ranking da UEFA, a sexta melhor equipa europeia", fruto de "um enorme salto qualitativo e competitivo" dado nos últimos anos, recusando, também por isso, avançar para o suicídio.
"Quando não se ganha temos a tendência suicida de colocar tudo em causa. Se tivéssemos ganho haveria coisas que teríamos de corrigir, mas também é verdade que o facto de não termos ganho não significa que tudo está mal", refere.
O caminho está bem definido e aponta para a renovação de Jorge Jesus. "Vamos mudar aquilo que tivermos de mudar mas com ponderação, para não estragar tudo o que de bom conseguimos nos últimos anos. Não devemos ter medo das nossas convicções", anunciou Luís Filipe Vieira, num discurso proferido horas depois da reunião decisiva com o treinador um dia depois de o líder encarnado ter recebido o apoio dos restantes administradores da SAD, que alteraram a sua atitude anterior e se colocaram ao lado do presidente para que este decidisse sem pressões internas.
Apesar do final de época negativo, a ambição, contudo, não foi abalada. "O nosso estado de espírito tem a ver com o facto de termos estado muito perto de concretizar uma época fantástica. Tenho a amargura de ainda não ter chegado onde quero chegar, mas a certeza de que aquilo que falta para lá chegar é muito pouco", acredita o líder benfiquista.
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