Vieira fala do último mandato, da sucessão e atira: "O Benfica ainda precisa de mim"
O Benfica vai a eleições a 30 de outubro e Luís Filipe Vieira é recandidato à presidência. Caso vença, o dirigente fará o último mandato nas águias, uma decisão que garante estar definitivamente tomada, porque conta que presidir o clube encarnado lhe retirou alguns prazeres da vida.
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Aquando do anúncio oficial da candidatura à presidência do Benfica, Luís Filipe Vieira garantiu que, caso vença as eleições, este será o último mandato que fará, deixando o clube em 2024. O dirigente diz que a decisão está bem "pensada e amadurecida" e refere que sente falta de fazer algumas coisas que não tem tido oportunidade de fazer devido ao cargo que ocupa.
Em entrevista à SIC, Vieira explica também que é preciso preparar o sucessor na presidência e que seria mau para o Benfica se as eleições fossem ganhas por outro candidato, visto que os tempos que se avizinham serão difíceis, opina.
"Será o meu último mandato. Há alturas na vida em que temos de dizer... tenho 71 anos, quando acabar o mandato vou ter 75/76. Praticamente não tive férias neste tempo no Benfica. Não está ao alcance de qualquer um recuperar um clube destes em 20 anos... É, efetivamente, o meu último. Não vale a pena enganar ninguém. Terá de ser preparada a minha sucessão. Se terminar agora [n.d.r. vida de Vieira em frente dos destinos das águias], é mau para o Benfica. O meu sucessor tem de ser preparado, porque isto precisa de continuidade".
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"São os meus últimos quatro anos, porque tenho cinco netos e o último, que tem dois anos, praticamente não vi crescer. São coisas que também nos amargam. Também tenho de descansar e desfrutar da minha vida, também quero acordar e passear na praia. Quero ter tempo para olhar para o mar e jogar cartas e dominós com os meus amigos. O Benfica tirou-me isso. Vai custar muito, mas é uma decisão bem pensada e amadurecida com a minha mulher e filhos. Mas o Benfica ainda precisa de mim, porque o que vem pela frente não é fácil. Se não fosse isso, se calhar podia ser agora [n.d.r o fim da presidência]".