Reforço para o meio-campo não chegou a tempo de treinar com a equipa na quarta-feira
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Victor Froholdt juntou-se ao estágio do FC Porto na Áustria, ainda que não a tempo do segundo treino, à tarde. Viajou acompanhado de Martim Cunha, lateral-esquerdo da equipa B, chamado após a lesão de Moura, e ambos foram recebidos no aeroporto por Jorge Costa.
Também coube ao diretor para o futebol fazer as honras e apresentações no hotel, ao jantar, no primeiro contacto com os novos companheiros e equipa técnica.
“Estou habituado à pressão de ganhar sempre”
Victor Froholdt é oficialmente jogador do FC Porto. O primeiro dinamarquês da história do clube, facto que o deixa “honrado”. “Faltava um ao melhor clube de Portugal”, atirou o médio de 19 anos, nas primeiras palavras como dragão e pouco depois de o clube especificar os números da transferência, já noticiados: 20 milhões de euros nas contas do Copenhaga por 100% do passe, acrescidos de 2 M€ dependentes do cumprimento de objetivos, cabendo ainda aos dinamarqueses 10% da mais-valia de uma futura transferência do jogador. Este vincula-se até 30 de junho de 2030 e fica protegido por uma cláusula de rescisão de 85 milhões de euros, tal como O JOGO avançara.
“O FC Porto é um clube enorme, com muita história e muitos troféus nacionais e internacionais. Gosto muito do Dragão e da atmosfera que os adeptos criam, já ouvi falar muito deles. As primeiras impressões foram muito boas e sinto-me ansioso para começar. Senti que este clube era perfeito para mim desde o primeiro minuto em que fui contactado”, abriu Froholdt, internacional dinamarquês que desfez eventuais dúvidas quanto ao tipo de médio de que é. “Sou um box-to-box, um número oito. No início, cheguei a jogar como extremo e lateral, um pouco por todo o campo. Sou um médio capaz de intercetar bolas, ganhá-las nos duelos defensivos e cobrir muitos metros. Sou bom a transportar a bola e a criar oportunidades” explicou o novo camisola 8, número que pertencia a Marko Grujic. Ainda assim, Froholdt admite que, “em Portugal”, não será “um génio da técnica”, porque reconhece que este campeonato é “muito forte” nesse aspeto. “Ainda posso melhorar, mas tenho muita força e vou colocá-la em prática para ajudar a equipa”, completou o jovem, que se juntou ontem ao estágio na Áustria, tal como estava previsto: “Estou um pouco nervoso até e ansioso por conhecer os meus companheiros no treino. Sei que este clube tem muita qualidade e jogadores muito bons, por isso tenho de me concentrar e mostrar o que posso acrescentar à equipa. Estou ansioso por mostrar o que consigo fazer e por ajudar a equipa a ganhar, de forma a deixarmos os adeptos orgulhosos”.
E Froholdt já percebeu que, para agradar aos adeptos dos dragões, é obrigatório ganhar, num contexto que não é estranho para o jogador, que dá início à primeira experiência no estrangeiro. “O Copenhaga é o maior clube na Dinamarca e sentíamos muita pressão. Os adeptos exigiam que ganhássemos sempre e sei que vai acontecer o mesmo aqui. Estou habituado a ganhar e a sentir a obrigação de vencer todos os domingos”, vincou Victor, após ter vivido “um ano muito bom” na Dinamarca, onde “ganhou muitos prémios” e foi campeão. “Gostava muito de voltar a sê-lo aqui, o FC Porto está habituado a ganhar e é esse o objetivo”, completou.
De resto, Portugal já um país de boas memórias para o centrocampista, que somou a primeira internacionalização em Alvalade, em março, nos quartos de final da Liga das Nações. “Na altura, perdemos [5-2, após prolongamento] e apercebi que havia muita qualidade. Mas, acima de tudo, foi um grande momento para mim”, recordou Froholdt, que já conta as horas para estrear-se no Dragão e “mostrar as qualidades” aos adeptos. “Quero muito conhecer-vos e dar o meu melhor em campo”, prometeu o médio. No domingo, contra o Feyenoord, está o primeiro encontro marcado.