Clube e SAD estão novamente de costas voltadas, depois de um curto período de paz. A Direção do Leixões diz-se credora da Sociedade Anónima Desportiva em mais de um milhão de euros.
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Uma publicação de Jorge Moreira, presidente da Direção do Leixões, no seu Facebook pessoal, sugerindo que a SAD comprou a marca Leixões - "Mais do que um jogo, mil emoções! Podem comprar a marca, gozarem com a nossa cara, mas o sentimento vive e viverá bem dentro de nós" -, levou a sociedade presidida por Paulo Lopo a emitir um comunicado, vincando que a marca Leixões pertence à sociedade há 17 anos. "No dia 14 de julho de 2002, na constituição do capital social da SAD, os investidores entraram com um milhão de euros. Na altura, o Leixões SC - Futebol, SAD entrou com a marca Leixões, avaliada em 350 mil euros, e com os plantéis sénior e júnior, avaliados em dois milhões de euros. A decisão de constituição da SAD não foi minha, nem da minha responsabilidade, tal como a introdução da marca no capital social da SAD. Foi, somente, da responsabilidade dos dirigentes que, na altura, comandavam os destinos do clube", refere-se no mesmo documento.
Sobre o tema insolvência, outro dos assuntos comentados nas redes sociais, a administração considera "completamente falsas" as insinuações de que a SAD tenha votado contra o Plano Especial de Revitalização (PER) e que tenha pedido a insolvência do clube, bem como a venda do Estádio do Mar. No terceiro ponto do comunicado, a sociedade garante que está a cumprir o protocolo com o clube e que os autores das insinuações irão a tribunal por difamação.
Por sua vez, o clube respondeu que o "comunicado da SAD está ferido de inverdades, omissões". Em relação ao protocolo, o clube reclama um crédito de 63 885,50 euros: "Importa ainda referir que se encontram por apurar os valores referentes à clausula 10.ª, n.º 2 do mesmo protocolo, na ordem dos 150 000 euros anuais, a acrescer ao valor já elencado, referentes ao subsídio de apoio ao Futebol de Formação atribuído pela UEFA." No total, o clube diz-se credor de "mais de um milhão de euros".
Contactados por O JOGO para esclarecerem a situação, Jorge Moreira e Paulo Lopo nada quiseram acrescentar ao já referido nos comunicados.
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