O presidente do Benfica admite que preferia que o episódio de Luisão "não tivesse acontecido", mas garante que não vai permitir uma "cruzada cobarde" contra o capitão.
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Luís Filipe Vieira aproveitou o discurso de ontem na inauguração da Casa do clube na Batalha para responder a Pinto da Costa, que tinha classificado o episódio que envolveu Luisão e o árbitro alemão Christian Fischer como um "triste episódio".
"Para aqueles que falaram de vergonha, é bom que façam um pequeno exercício de memória. Vergonha é ser condenado por corrupção desportiva; vergonha para o país foi saber-se que houve quem corrompesse árbitros com prostitutas e outros esquemas; vergonha foi todos sabermos o que se passou, quando e como se passou, mas a justiça portuguesa ter preferido ignorar os factos; vergonha é recordar a imagem de árbitros como José Pratas e outros a fugirem de campo de jogadores e adeptos; vergonha é agredir jornalistas por terem opinião; vergonha é intimidar pessoas do próprio Clube apenas porque pensam de forma diferente; vergonha é ameaçar ou agredir jogadores apenas porque estes não querem renovar ou ser emprestados; vergonha é não ter memória; vergonha é ter ordenados em atraso e fazer de conta que não se passa nada!; vergonha é saber que algumas pessoas gozam de total impunidade em Portugal", atirou o líder dos encarnados.
Vieira garantiu que não vai tolerar que se faça uma "cruzada cobarde contra o Luisão". Ainda assim, reconheceu que todos no clube, "Luisão incluído", gostariam que "aquele episódio não tivesse acontecido". "Mas pôr em causa a boa-fé, o carácter e a palavra do nosso capitão é algo mesquinho e totalmente inaceitável", acrescentou, anunciando que respeita a decisão do Conselho de Disciplina de abrir um processo ao central brasileiro.
Sobre a nova temporada, pediu apoio e união de todos os benfiquistas, lembrando que "é responsabilidade de todos" ajudar o clube a vencer. "Dos que jogam e dos que estão nas bancadas, dos que dirigem, dos sócios, dos adeptos... de todos", vincou.
