Vendas de Nico e Galeno e Mundial de Clubes atenuam perda da Champions
Negócios de janeiro e prova da FIFA mitigam perdas de um eventual insucesso no apuramento para a Champions. O caminho para a Champions perspetiva-se muito difícil para os dragões, que precisam urgentemente de deslizes dos rivais para atingir a meta. Queda para a Liga Europa com impacto na valorização do plantel.
Corpo do artigo
O apuramento para a Liga dos Campeões, classificado como “crítico” para as finanças da SAD por Pereira da Costa em novembro de 2024, perspetiva-se como um cenário bastante difícil de concretizar para o FC Porto em 2024/25. Com a derrota em Braga, os dragões viram os dois rivais de Lisboa afastarem-se um pouco mais na corrida pela concretização desse objetivo, que tem sempre um peso significativo nas contas da sociedade. Só a participação na fase regular garantiria mais de 18 M€ a entrar no exercício da próxima temporada, mas as movimentações realizadas na janela de transferências de janeiro, combinadas com a participação no Mundial do Clubes, ajudarão os azuis e brancos a mitigar essas perdas, funcionando como uma rede de segurança na abordagem ao mercado de verão e em futuros cálculos do Fair Play Financeiro (acumulado das últimas três épocas).
Depois de ter apresentado um lucro de 334 mil euros a 31 de dezembro, quando se encerraram as contas do primeiro semestre, o FC Porto terminou o mercado de janeiro com um volume de negócios que totalizou os 110 M€, fruto das transferências de Nico González (60 M€) para o Manchester City e de Galeno (50 M€) para o Al Ahli. Mesmo com mais-valias inferiores a essa quantia, serão determinantes para que as contas voltem a fechar no verde. Só a do médio espanhol rondará os 40 M€ - a do brasileiro será mais baixa -, valor a que os dragões não poderiam fechar os olhos, mesmo com o impacto que isso teve a nível desportivo para a equipa.