Somando o valor da venda de Porro aos spurs - entra no atual exercício - à saída do uruguaio, Varandas não será obrigado a abdicar de outros indiscutíveis como Inácio, Edwards ou Pedro Gonçalves<br/>
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Embora matematicamente ainda seja possível lá chegar, a Liga dos Campeões para o Sporting é uma miragem - Braga tem mais quatro pontos do que os leões e um calendário teoricamente mais acessível nesta reta final do campeonato. A impossibilidade de contar com os milhões da competição na hora de orçamentar a temporada 2023/24 tem peso e não vale a pena escondê-lo, mas os leões não necessitam de fragilizar em demasia o plantel para atacarem a nova época.
O bolo proveniente da venda de Pedro Porro para o Tottenham (entra no atual exercício), e a previsível saída de Ugarte para a Premier League são suficientes para Frederico Varandas e, já agora Rúben Amorim, este olhando para a parte técnica, não terem de abdicar de pesos-pesados como Gonçalo Inácio, Edwards ou Pedro Gonçalves, só para referir três dos jogadores mais cobiçados.
Adicionando as duas parcelas, vendas de Porro e Ugarte, o Sporting garante um valor na ordem dos 82 milhões de euros, equilibra a balança orçamental e não tem obrigatoriedade de vender mais jogadores de peso. É evidente que Frederico Varandas poderá considerar outros negócios, mas não terá que desapertar o nó da gravata, pois os leões não estarão asfixiados.
A venda de Porro rendeu ao Sporting numa primeira fase cinco milhões e, mais tarde, o tal valor que entrará no atual exercício, 40 milhões de euros. Quanto a Ugarte, se for batida a cláusula de rescisão (60 milhões de euros), os leões recebem 42 milhões, uma vez que têm a maior fatia do passe (70 por cento), mas o remanescente será dividido entre o Fénix, clube formador (20 por cento), e o Famalicão (10 por cento).
Os jogadores de primeiro plano do Sporting, ou os mais cotados, como Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves e Edwards poderão continuar em Alvalade, caso seja esse o entendimento de Varandas e Amorim. A menos que sejam batidas as cláusulas de rescisão e, nesse caso, o presidente dos leões nada poderá fazer. Inácio está blindado com 45 milhões, Pote com 80 e o atacante inglês com 60.
Negócios de pequena dimensão
Ugarte pode travar outros negócios com indiscutíveis do plantel, como Gonçalo Inácio, Pedro Gonçalves e Edwards, mas a porta continuará aberta para operações de menor dimensão. Ou seja, com jogadores que não têm o peso dos mencionados no plantel. No próximo verão, nos cofres leoninos, é certo que entrarão valores provenientes de negócios mais pequenos e que não afetam a estratégia definida para a próxima temporada. Varandas também conta com isso para a reestruturação do plantel.