Vencer na Luz é um trampolim para o Benfica na Liga Europa

A exemplo do que sucedeu com o Toulouse, o Benfica volta a iniciar a eliminatória em casa, algo que Roger Schmidt pretende fazer valer como trunfo diante do Rangers. O técnico encarnado salientou, no lançamento do encontro da primeira mão dos oitavos de final, a importância de levar um bom resultado para Glasgow, onde as águias terão à sua espera um ambiente difícil, e os números mostram que entrar a vencer nas eliminatórias da Liga Europa tem dado um conforto substancial às águias. Este século, o Benfica qualificou-se em 11 das 13 eliminatórias da competição (incluindo as da então ainda Taça UEFA) em que venceu o jogo da primeira mão disputado no Estádio da Luz, com uma eficácia de 84,6 por cento.

Apenas... o Braga, em 2010/11, nas meias-finais da prova (ganha nessa edição pelo FC Porto, que derrotou no jogo decisivo os arsenalistas), e o Eintracht Frankfurt, em 2018/19, foram capazes de responder na segunda mão ao desaire inicial. Diante dos minhotos, as águias venceram por 2-1, caindo por 1-0 fora, enquanto frente ao conjunto germânico a vitória caseira por 4-2 não chegou face à derrota por 2-0 na Alemanha. Em ambos os casos os golos sofridos na Luz foram decisivos para o desempate.

Duas edições seguidas sem chegar aos “quartos”

Depois de ter deixado para trás o Toulouse, o Benfica procura eliminar o Rangers de forma a marcar presença nos quartos de final, algo que falhou nas duas edições anteriores em que esteve na Liga Europa. Em 2019/20, após cair da Champions, foi eliminado nos 16 avos de final pelo Shakhtar Donetsk (não conseguiu recuperar do desaire na Ucrânia) e em 2020/21 foi eliminado na mesma fase pelo Arsenal. A primeira mão foi em casa emprestada (devido ao período de pandemia), com um empate 1-1 em jogo disputado em Roma. Além dos gunners, o Getafe, com uma vitória por 2-1, e o Inter, com um nulo, também resistiram à primeira mão como visitantes, em 2007/08 e 2003/04, respetivamente.