O Vitória de Setúbal anunciou esta quinta-feira a saída de Julio Velázquez. Apenas seis equipas, entre as 18 da I Liga, continuam com o treinador que iniciou a época.
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O espanhol Julio Velázquez, que deixou o comando do Vitória de Setúbal, é o terceiro treinador a ser rendido esta semana em equipas da I Liga, após a realização da 29.ª jornada.
A derrota em Guimarães (2-0), a terceira seguida dos sadinos na prova, ditou a saída de Velázquez, que tinha assumido o comando técnico da equipa em novembro do ano passado, na altura rendendo Albert Meyong, após a 11.ª jornada, que garantiu a transição entre treinadores no Vitória, após a saída de Sandro, à oitava ronda.
De resto, o antigo avançado camaronês voltará a ficar a cargo da equipa principal do Vitória de Setúbal, que ocupa o 16.º lugar da I Liga, a apenas três pontos de distância do 17.º e penúltimo, Portimonense.
Nos 18 jogos do campeonato em que dirigiu os vitorianos, Velázquez, que já tinha dirigido o Belenenses, alcançou quatro vitórias, seis empates e oito derrotas, sendo que nas últimas 11 partidas não colheu qualquer triunfo.
O espanhol protagonizou a 16.ª chicotada da época, em 11 equipas, resistindo apenas Sérgio Conceição (FC Porto), Carlos Carvalhal (Rio Ave), João Pedro Sousa (Famalicão), Ivo Vieira (Vitória de Guimarães), João Henriques (Santa Clara), Vítor Oliveira (Gil Vicente) e Natxo González (Tondela).
Os últimos dias têm sido pródigos em saídas de treinadores na I Liga, uma vez que Custódio Castro e Bruno Lage também abandonaram esta semana o comando de Sporting de Braga e Benfica, e foram rendidos por Artur Jorge e Nélson Veríssimo, respetivamente.
Custódio Castro, de 37 anos, demitiu-se ao fim de seis jornadas à frente do Sporting de Braga, promovendo a quarta mudança de treinador nos minhotos. Depois de Ricardo Sá Pinto, despedido à 14.ª jornada, e Rúben Amorim, que rumou ao Sporting após a 23.ª, o ex-futebolista dos arsenalistas foi o eleito de António Salvador.
O ex-médio tinha transitado da equipa B, o mesmo caminho que Bruno Lage, de 44, fez a época passada no Benfica, então para recuperar sete pontos de atraso para o FC Porto e levar os 'encarnados' à conquista do título.
Na presente edição da I Liga, Lage replicou 18 vitórias nos primeiros 19 jogos, mas, depois, entrou numa onda muito negativa, com apenas dois triunfos em 10 jogos, e foi chicoteado na segunda-feira, após a derrota (2-0) no reduto do Marítimo.
Antes, a segunda volta apenas tinha feito cair Silas, no Sporting, à 23.ª ronda, numa segunda mudança em Alvalade que acabou por provocar a terceira em Braga, onde os leões foram roubar Rúben Amorim, por 10 milhões de euros.
Na primeira volta, registaram-se 11 chicotadas, em 10 equipas, sendo que quatro conjuntos tiveram interinos a fazer a transição e dois treinadores foram despedidos de uma formação e encontraram emprego noutra.
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A quarta jornada fez as primeiras vítimas, o holandês Marcel Keizer foi despedido do Sporting, Jorge Silas do Belenenses SAD e Filipe Rocha do Paços de Ferreira, cedendo o lugar ao interino Leonel Pontes, a Pedro Ribeiro e a Pepa, respetivamente.
Depois de duas rondas como interino, Leonel Pontes voltou aos sub-23 dos leões e foi substituído por Silas, que, desta forma, só esteve duas rondas no desemprego.
Na ronda seguinte, a sétima, o lanterna-vermelha Aves, que já havia cumprido o embate da nona, despachou Augusto Inácio e, na oitava, foi a vez de o Vitória de Setúbal utilizar o chicote em Sandro Mendes.
Leandro Pires, no Aves, e o camaronês Albert Meyong Zé, no Vitória de Setúbal, foram interinos, até à 11.ª ronda, na qual também caiu Nuno Manta Santos, no Marítimo, que transitou de imediato para a Vila das Aves, estreando-se na jornada 12.
Ainda se estrearam na mesma ronda José Gomes, nos insulares, e o espanhol Júlio Velázquez, nos sadinos.
As chicotadas repousaram dois fins de semana, mas, à 14.ª jornada, e a exemplo da quarta, mudaram três: o Moreirense trocou Vítor Campelos por Ricardo Soares, no Boavista, saiu Lito Vidigal e entrou Daniel Ramos e, no Sporting de Braga, Ricardo Sá Pinto deu lugar a Rúben Amorim.
Na jornada 16, o Belenenses SAD tornou-se a primeira equipa a operar uma segunda mudança: Pedro Ribeiro, que tinha sucedido a Silas, foi substituído por Petit.
A acabar a primeira volta, deu-se a demissão de António Folha, que não resistiu aos maus resultados no Portimonense e foi substituído, interinamente, por Bruno Lopes, que, à 20.ª ronda cedeu o lugar a Paulo Sérgio.