Vasco Sousa: o rótulo de Otávio, a cláusula de rescisão e a renovação em agenda
Prometeu à mãe que um dia jogaria no Dragão e recusou grandes de Lisboa quando deixou V. Guimarães. Quem o viu crescer garante que tem raça e técnica do "Baixinho".
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Quando Vasco Sousa se lançou em busca do sonho de seguir as pisadas do ídolo Lionel Messi no futebol, em meados de 2010, Otávio ainda não tinha chegado a Portugal.
Jogador natural de Paredes começou no Cristelo com o irmão por influência de um avô. Protagonismo levou-o ao Paços de Ferreira e depois para o Vitória, que ainda detém 50 por cento do passe. Cláusula fixada nos 20 M€.
O luso-brasileiro andava pelo Internacional de Porto Alegre e o jovem que no domingo se estreou pela equipa principal do FC Porto jogava no Cristelo, um clube de Paredes onde entrou acompanhado do irmão e por onde também havia passado um dos avós. Contudo, foi com o rótulo de "futuro Baixinho" que conviveu sempre. Uma colagem que vai muito para além da estatura.
"Era muito pequenino, mas marcava a diferença pela qualidade técnica e tinha uma garra fora do normal. Tinha tudo", recorda Francisco Barros a O JOGO, presidente do emblema da AF Porto naquela época, satisfeito por vê-lo estrear-se nos azuis e brancos. "Já se adivinhava que podia chegar longe. Teve de trabalhar muito e até por isso tem muito mérito. Pode ser o futuro Otávio", prevê o ex-dirigente, reforçando um rótulo do qual "Vasquinho", como Sérgio Conceição lhe chamou, nunca se livrou também na formação portista.
"Na primeira vez que passei pelo Estádio do Dragão, disse à minha mãe que um dia iria jogar aqui"
A chegada ao FC Porto deu-se apenas em 2019, depois de uma passagem por Paços de Ferreira e Guimarães, que ainda detém 50% dos direitos económicos de Vasco. No Vitória, chegou a despertar a cobiça dos grandes lisboetas, mas, ao contrário de quatro ex-companheiros desse ano, preferiu os dragões ao Benfica por apelo do coração. Começou por assinar um contrato de formação, com uma extensão máxima de três anos, como determinam as leis da FIFA. O talento entretanto demonstrado conduziu, em agosto de 2021, à ampliação do vínculo até 2025, que, segundo informações recolhidas por O JOGO, contempla uma cláusula de rescisão de 20 M€. Um valor baixo, mas que, ao que apurámos, a SAD pretende subir em breve, uma vez que a revisão do contrato do internacional sub-21 já se encontra em agenda.
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Independentemente do que acontecer no futuro, Vasco Sousa considera a receção ao Vizela como "o dia". Afinal, há muito que tinha previsto a estreia pela equipa principal do FC Porto. "Na primeira vez que passei pelo Estádio do Dragão, disse à minha mãe que um dia jogaria aqui. E hoje [domingo] é um dia muito gratificante, porque pude dar-lhe essa prendinha", contou o médio, em declarações aos meios do clube. O sonho está concretizado. Agora é só dar-lhe continuidade.
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